Mostra da fotógrafa Camilla Albano registra as mulheres em um processo de autodescoberta e reconexão com o poder pessoal


Composta por 24 obras, Mulheres da Lua, nova mostra da fotógrafa Camilla Albano, traz o registro de mais de 60 mulheres expressando seu espírito livre e selvagem. O resultado revelaum processo de autodescoberta e rompimento de barreiras. A exposição será aberta ao público hoje e segue até dia 31 de julho na Kaleidoscope Galeria de Arte.

Camilla conta que a ideia da exposição surgiu nas rodas de conversa do grupo Sagrado Feminino. Mensalmente, nas noites de lua cheia (daí o nome da mostra), mulheres se reúnem ao redor da fogueira para celebrar a vida, o corpo e a alma. Os encontros são realizados há mais de um ano no Ateliê Imagine Utopia.

O Sagrado Feminino é uma proposta de resgate da força ancestral da mulher, para uma reconexão com a natureza, com a energia do universo e com a força criadora que nutre e também cura. A fotógrafa comenta que atualmente as mulheres enfrentam diversas pressões impostas pela sociedade, como a exigência de uma forma perfeita, um padrão de beleza desejado pelos homens, e um distanciamento dos processos naturais do corpo, como o próprio ciclo menstrual. Para Camilla, diante dessa sociedade “machista”, é preciso pensar formas de se libertar de uma cultura impositiva, e encontrar alternativas mais saudáveis e espirituais.

Os ensaios foram realizados ao longo de dez meses em diversas locações do Ceará, como Guaramiranga e Aquiraz, e o resultado tem elevado a autoestima das mulheres. “Elas começaram tímidas, mas ficaram muito felizes quando viram as fotos”, revela. A nudez nas imagens surgiu como elemento espontâneo da relação desenvolvida durantes as sessões fotográficas. Camilla explica que o nu foi uma questão tratada com naturalidade e fez parte de um momento de transformação, no qual a sinergia era sentida entre todas as mulheres.

Para a fotógrafa, as pessoas vão ficar curiosas pela história de cada mulher, pelo gesto de coragem e entrega que cada uma se permitiu. Entre as expectativas, Camilla responde que espera despertar nas mulheres o desejo de se libertar e seguir o fluxo natural da vida. “Quero que se identifiquem e se reconheçam”, conclui.

Camilla, que é sobrinha do renomado fotógrafo José Albano, em quem diz encontrar sua maior inspiração, já percorreu o mundo do design, da propaganda e da música eletrônica, e há oito anos se dedica à fotografia. Morou por quatro anos em Alto Paraíso, na Chapada dos Veadeiros (Goiás), onde aguçou os sentidos para a espiritualidade e para os rituais.

Segundo Moacir Junior, curador da Kaleidoscope Galeria de Arte, a exposição reflete sobre o papel da mulher na natureza e na sociedade humana. Ele, que também é tatuador, diz que as imagens mostram o corpo feminino não como produto de consumo, mas sim como palco da vida.
 fonte: http://www.opovo.com.br/app/opovo/vidaearte/2015/06/29/noticiasjornalvidaearte,3461480/o-resgate-da-forca-ancestral-da-mulher.shtml > acessado 07/07/2015 

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