Pacientes desconhecem direitos sobre cirurgia da prótese de silicone


Os pacientes que possuem próteses de silicone nas mamas serão rastreados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). A entidade desenvolveu o Cadastro Nacional de Implantes Mamários, que receberá dados dos cinco mil cirurgiões plásticos associados da SBCP. O banco de dados terá informações sobre os cirurgiões, pacientes e números de série e lote e marca das próteses usadas. Será possível detectar o estado, a cidade, o médico que fez o implante, o motivo da cirurgia e, em caso, de troca, a razão para isso.


A criação do cadastro deve-se à polêmica em relação às próteses mamárias da marca Poly Implant Prothèse (PIP). Desde março de 2010, quando irregularidades na produção das próteses foram detectadas pela agência sanitária francesa, sucessivas denúncias e queixas foram registradas contra a empresa, no mundo todo, o que levou a companhia à falência.

"E desde as primeiras notícias sobre a venda e o implante de próteses feitas com silicone industrial, um sentimento de insegurança tomou conta das pacientes. As pacientes se sentem no meio de um bombardeio, de uma enxurrada de notícias", afirma o cirurgião plástico Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada. O grande interesse pelas mamoplastias de aumento tem a ver com a evolução das próteses de silicone, desde que surgiram na década de 60, e das técnicas cirúrgicas, nos últimos tempos. As grandes pesquisas sobre o assunto começaram na década de 70 com o intuito de tornar os resultados mais naturais. Mas os estudos decisivos aconteceram nos anos 80 e 90, quando o formato e a textura dos implantes foram aprimorados.

Outro problema com as próteses da PIP seria a maior chance de ruptura deste material, o que levou às autoridades francesas a recomendarem que as 30 mil pacientes no país retirem suas próteses, após consultar os médicos em que confiam ou com quem fizeram os implantes.

De acordo com as autoridades francesas, os eventos adversos registrados com os implantes PIP acontecem duas vezes mais do que a média de outras próteses mamárias. "Normalmente, as complicações mais freqüentemente observadas em relação aos implantes de silicone são a contratura capsular, a reoperação e a remoção do implante", informa Ruben Penteado da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Ao todo, cerca de 300 mil implantes PIP foram vendidos no mundo. No Brasil, de acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão oficialmente responsável pelo registro do referido implante. A comercialização das próteses PIP foi suspensa em abril de 2010.
http://www.jornalabcreporter.com.br/noticia_completa.asp?destaque=17606 acesso em 25 de janeiro

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