Meninas de 3 anos já querem ser magras

NÃO DÁ PARA ACREDITAR E CONVIVER COM TAL ABSURDO.
Disponível em: http://www.plenamulher.com.br/noticias.asp?ID_ATUAIS=2006# Acesso em 26.11.2010


Pesquisas anteriores sugeriam que as crianças são conscientes de suas crenças anti-gordura, mas se elas haviam internalizado essas crenças era difícil de saber, visto que nessa idade elas não são capazes de verbalizar pensamentos e sentimentos complexos. Então, nesse novo estudo, os pesquisadores tiveram que ser criativos.
FONTE [LiveScience] DA FOTO


Para descobrir se as meninas tinham pensamentos mais positivos sobre tipos magros do que gordos, eles pediram a meninas pré-escolares (3 a 5 anos) para olhar a três figuras idênticas em todos os sentidos, exceto pelo tamanho do seu corpo: magro, na média e gordo. As crianças tinham de associar 12 adjetivos (seis positivos e seis negativos) com as figuras.
A frase era: “Aponte para a garota que você acha que está/é ____”. Os descritores positivos eram: bonita, inteligente, amigável, elegante, fofa e tranquila. Os descritores negativos eram: malvada, estúpida, sem amigos, desleixada, feia e barulhenta. Uma média de 3,1 palavras negativas e 1,2 palavras positivas foram usadas para descrever pessoas gordas, em comparação com uma média de 1,2 adjetivos negativos e 2,7 adjetivos positivos para as figuras magras.
Em seguida, as meninas observaram nove fotos de outras figuras, três de cada tipo de corpo, e tiveram que circular as três com quem mais gostariam de brincar ou serem melhores amigas. As pré-escolares foram significativamente mais propensas a escolher a figura magra sobre os outros dois tipos como melhor amiga. Resultados semelhantes apareceram quando elas escolheram o círculo de amigos com quem brincar.

Finalmente, os participantes jogaram dois jogos de tabuleiro populares para essa faixa etária. As crianças tiveram que escolher três peças diferentes do jogo que haviam sido projetadas especialmente para esta tarefa, variando apenas no tipo de corpo: um era magro, um médio e um era gordo.
Para medir o investimento emocional em cada tipo de tamanho do corpo escolhido pelas meninas, depois que cada criança escolheu uma peça do jogo, o pesquisador pediu para trocar de peça com elas. Se a criança tinha escolhido uma peça do jogo com um corpo magro ou médio, o pesquisador pediu para trocar com o gordo, e se a criança tivesse escolhido uma peça de jogo gorda, o pesquisador pediu para trocá-la com uma média.
As respostas das meninas foram classificadas como: vontade de mudar (a criança imediatamente disse “se não expressou nenhum tipo de desconforto ou infelicidade); relutância em mudar (a criança hesitou por mais de 5 segundos, se recusou a fazer contato visual com o pesquisador, ou olhou para os pais em busca de orientação), e não dispostas a mudar (a criança disse “não” ou abanou a cabeça negativamente).
Algumas respostas foram muito fortes. Várias participantes se mostraram relutantes até em tocar a peça do jogo que era gorda. Por exemplo, uma criança selecionou a peça magra como a menina que ela queria ser no jogo. Quando o pesquisador perguntou se ela estava disposta a mudar pela gorda, a criança enrugou o nariz e evitou tocar a peça gorda por completo. Ela pegou a peça de tamanho médio e disse: “Não, eu não vou trocar com você, mas posso usar essa”. Outras participantes fizeram comentários como: “Eu odeio ela, ela tem uma barriga gorda”, ou “Ela é gorda. Eu não quero ser aquela”.
Segundo os pesquisadores, os resultados sugerem que as participantes tinham interiorizado o ideal de magreza. É provável que as questões de tamanho corporal tenham aumentado na população, porque a sociedade está cada vez mais obcecada com magreza e beleza.As crianças, mesmo pré-escolares, estão expostas a inúmeros comerciais e mensagens a respeito de perda de peso, produtos de dieta e produtos de beleza. Essas imagens, juntamente com a campanha anti-obesidade, promovem a mensagem de que a gordura é ruim.
Por último, os pesquisadores deram algumas dicas para os pais e professores manterem as crianças saudáveis por dentro e por fora: focar na saúde, não no peso; comer em família (pesquisas indicam que crianças que jantam com suas famílias são menos propensas a sofrer de problemas alimentares); abster-se de fazer comentários sobre o seu próprio peso; elogiar as crianças nas coisas que elas fazem, ou nas suas características de personalidade, e não a sua aparência; limitar a exposição das crianças às fontes de mídia que enfatizam modelos muito magras ou colocam um valor alto na beleza física e ser um modelo de alimentação saudável e de prática de exercícios.  FONTE [LiveScience]







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