Mais pessoas preocupadas com a anorexia




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Culto à anorexia une jovens na internet
Diários // Blogs e sites de relacionamento mostram a rotina de pernambucanos que fazem apologia à extrema magrezaMaria Carolina Santos e Raquel Lima // Diariodepernambuco.com.br
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Longe do olhar de familiares e amigos, adolescentes fazem apologia a distúrbios alimentares. No Orkut, em blogs e pelo MSN, meninas trocam incentivos para manter dieta de fome. Imagens: Raquel Lima/DP/D.A Press



Ana Mia costumava se sentir só. Tal solidão encontrou, no entanto, companhia em outras garotas (e garotos) que adotam o mesmo sobrenome virtual para identificarem-se na internet como anoréxicos (Ana) ou bulímicos (Mia). Às vezes, os dois (Ana Mia). São pernambucanos que, em blogs e sites de relacionamento, fazem apologia à magreza que têm ou querem ter. Como se fizessem parte de uma mesma tribo ou tivessem escolhido o mesmo estilo de vida. Este é o tema de duas reportagens que serão publicadas hoje e amanhã e estarão disponíveis na íntegra no Pernambuco.com. O conteúdo dos textos trocados entre os jovens tem sempre o objetivo de encorajar atitudes perigosas como dietas que alternam nenhuma comida (em inglês, No Food) com a ingestão de até 400 calorias (encontrada sob a sigla LF, de Low Food). Dicas para vomitar com mais facilidade, para enganar os pais, evitar demaios ou para resistir à comida também são comuns. "Os pais precisam ficar atentos aos sinais de perda excessiva de peso dos filhos"Kátia Petribú - psiquiatra"Cultive apenas borboletasno seu estômago. Elas te deixam leve, leve como uma fada! É apenas mais um dia e a comida não faz parte dele... É apenas mais uma hora, mais um minuto... até você ficar tão leve quanto uma borboleta. Você vai sentir a fragilidade de uma borboleta e, quando sua vista escurecer e sentir que vai desmaiar, serás tão leve quanto uma linda e esguia borboleta", diz um dos posts do blog Ana Mia Forever, que se define como "um site onde uma pró-Ana e Mia desabafa". A exibição ou troca de imagens de celebridades e modelos de extrema magreza é hábito. A moda, que impulsiona a avalanche diet mundial e acaba ditando conceitos estéticos, é realmente usada e abusada como bandeira pelos adolescentes. "Por acaso você já viu alguma gorda sexy como garota propaganda em alguma grande revista? Se o normal é comer, porque todo dia lançam no mercado mais ais produtos e dietas para emagrecimento?", diz uma menina online. A endocrinologista Jacqueline Araújo diz que apesar de os distúrbios alimentares datarem da época do Egito Antigo, hoje são mais comuns devido à pressão social pelo corpo perfeito. "Infelizmente, ainda não há métodos eficazes de prevenção da anorexia e da bulimia. Porém, seria importante uma mudança nos atuais conceitos da sociedade sobre a estética", opina. Como a maioria dos meninos e meninas que se unem em comunidades, fóruns ou trocam comentários em blogs mal saíram da puberdade, ou nem chegaram a ela pela privação a que se submetem, o caso pode acabar na Justiça. Segundo o promotor do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) José Lopes, que atua na investigação de crimes na internet, se algum menor for prejudicado e existir uma queixa, pode ser aberto um processo. "A legislação brasileira é pobre em relação a supostos crimes cibernéticos, mas se o computador ou a web for comprovadamente usada para prejuízo coletivo, pode haver punição", explica. De acordo com Lopes, nenhuma denúncia contra sites em prol da anorexia ou da bulimia foi registrada em Pernambuco. Não é que internautas saudáveis vão se tornar doentespor navegarem em sites, blogs e comunidades Ana ou Mia. Mas a psiquiatra Kátia Petribú defende que a internet pode sim reforçar crenças e levar quem tem propensão a distúrbios alimentares a entrar em crise. "É perigoso porque a web está formando grupos, fazendo com que haja identificação e aceitação da doença". Muitos dos blogs são usados como meio de desabafo já que os anoréxicos e bulimícos lutam para manter sua condição em segredo no mundo real. "O padrão é que estes jovens escondam os sintomas da família e dos amigos para cultivar a doença, mas no mundo virtual é possível encontrar pares, amigos", analisa Petribú. Conversando com outras Anas Mias, meninas se sentem mais confiantes e fortes para seguir em frente. O caminho? Dietas impossíveis, divulgadas - quase obrigatoriamente - nos blogs. Em O Diário de Ana Mia, uma jovem posta nove etapas de sua nova "orientação alimentar": alternar 48 horas de no food (NF) com até uma hora de low food (LF) de até 200 calorias. Um perigo para a saúde, como define a endocrinologista Jacqueline Araújo. Tratamento - A psiquiatra Kátia Petribú avisa que os pais precisam ficar atentos a alterações como perda de peso excessiva, suspensão de pelo menos três ciclos menstruais das filhas, auto-imagem de gordo em magros, idas frequentes ao banheiro após as refeições. Mas aconselha ainda que não adianta forçar a alimentação. O tratamento é feito por uma equipe multidisciplinar: psiquiatra, endocrinologista e nutricionista. A ajuda da família é essencial.
http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/02/13/urbana1_0.asp


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