Dupla que praticava cirurgia plástica sem licença é presa em Massachusetts

Dupla que praticava cirurgia plástica sem licença é presa em Massachusetts -09/15/2010
Maria José do Nascimento e Victor H. Hernandez não tinham licença para os procedimentos médicos.

A polícia de Massachusetts prendeu na quarta-feira (8) uma brasileira e um mexicano acusados de operar uma clínica sem a devida licença. Maria José do Nascimento, 55, e Victor H. Hernandez, 38, atuavam no Victoria Med Spa em Revere, clínica especializada em lipoaspiração e outras cirurgias plásticas.
Segundo o The Boston Globe, os dois foram flagrados quando duas policiais se fingindo de clientes solicitaram informações. Para uma delas, Victor disse que uma abdominoplastia (retirada de excesso de pele e gordura da área abdominal) custaria em torno de $2,500. Segundo a investigação, o suposto cirurgião disse que receitaria fortes analgésicos para um eventual desconforto pós-cirúrgico.
Levados para a Corte Distrital de Chelsea, Maria José e Victor não confessaram a culpa por distribuir substâncias classe E, prática de medicina e outras ofensas criminais. Segundo as autoridades, os dois não tinham nem licença médica, nem licença para operar uma clínica especializada em cirurgias e procedimentos estéticos.
“Suas atividades poderiam ter facilmente levado à morte ou causado danos graves aos pacientes”, disse a Promotora Assistente Kathryn Hinman. Durante a batida, uma mulher que estava numa mesa cirúrgica tinha aparentemente se submetido a cirurgia facial. Uma ambulância estava de prontidão, caso houvesse alguém em processo cirúrgico.
As fianças da brasileira e do mexicano foram estipuladas em $5,000 e $10,000, respectivamente. Os dois estão presos. Victor teria ainda roubado lidocaína, um anestésico local, de um médico para quem trabalhou recentemente. Por isso, foi acusado de apropriação indébita de mais de $250. A investigação teve a participação do FDA – órgão que controla alimentos e medicamentos nos EUA -, da polícia de Revere, da polícia estadual e do escritório da promotoria de Middlesex.
Prática de risco
A prisão dos dois causou surpresa em Daisy Cabrera, cliente que fazia tratamento de varizes na clínica, desde janeiro. “Pensei que eles fossem médicos licenciados para isso”, disse ela, complementando que o consultório normalmente estava cheio de mulheres.

Maria José do Nascimento saiu do Brasil há cerca de oito anos. Segundo o advogado dela, a imigrante não sabia que Victor não tinha licença. A brasileira trabalhou durante muito tempo no setor administrativo da clínica, ainda segundo o advogado. Mas segundo a promotora Hinman, a brasileira trabalhou para uma pessoa que foi presa por também aplicar procedimentos médicos sem licença, além de ofensas similares. O empregador de Maria José fugiu do país.
Leonard Friedman, um médico que atuava no mesmo endereço foi acusado no início deste ano de vender receitas ilícitas de analgésicos e tranquilizantes.
De acordo com o advogado de Victor Hernandez, seu cliente serviu à Marinha americana em 1994 e cursou faculdade durante o período. O imigrante disse que fez faculdade na área médica no México. Há 18 meses, Victor, que está no país desde os 12 anos de idade, tornou-se cidadão americano.
A prisão da dupla remete ao caso Fabíola B. de Paula. Aos 24 anos, a brasileira morreu em Framingham (MA) enquanto se submetia a uma lipoaspiração, no basement de um condomínio, onde funcionava uma clínica clandestina de cirurgia plástica. O suposto médico, Luis Carlos Ribeiro, foi condenado a três anos de prisão por homicídio culposo (sem a intenção de matar).

Da redação do ComunidadeNews.com

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