Tráfico de mulheres é denunciado ao vivo em outdoor ambulante


FONTE: http://fashionatto.literatortura.com/2013/08/08/trafico-de-mulheres-e-denunciado-ao-vivo-em-outdoor-ambulante/

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No que se refere ao tráfico de mulheres, o Brasil é visto como roteiro sexual que alimenta uma atividade ilegal que movimenta milhões ou – quem sabe?! – bilhões de reais anualmente. Este é um problema mundial que atinge diretamente o país e, num contexto geral, o que se pode perceber é que as ações realizadas para derrubar esta indústria não têm sido suficientes.
”Foi horrível. Num primeiro momento, você sentada ali exposta no sofá, chega um homem que você nunca viu na vida, fala assim: ‘É essa’. Aí te pega, te leva lá pra dentro do quarto, tem relação sexual contigo e depois sai com você e paga. Você se sente uma mercadoria. Depois é exposta a outro traficante, a um policial, é exposta a isso tudo. Você não tem querer. O teu querer é o deles. É chato, é ruim, você chora, esperneia, mas não adianta. Você tenta fugir. Tentamos fugir várias vezes, mas não conseguimos.” Esse é o relato de Ana Lúcia Furtado, que foi traficada para Israel e obrigada a trabalhar como prostituta.
De acordo com o protocolo adicional à Convenção de Palermo (Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional) aprovado pelo Brasil em 12 de março de 2004, o tráfico de pessoas, ressaltando o tráfico de mulheres é definido como o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento dessas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração. Tal exploração inclui a exploração da prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual; o trabalho ou serviços forçados; a escravatura ou práticas similares à escravatura; a servidão; ou a remoção de órgãos.
A mulher que é vítima deste tipo de crime conviverá com suas consequências para o resto da vida. Isto é, quando ela continua vivendo. Independentemente das terapias e tratamentos, a recordação de tempos cruéis sempre estará ali. Entretanto, ainda assim, existem pessoas que se omitem e preferem não enxergar essa realidade que salta aos olhos. Segundo Ana Lúcia Furtado, vítima do tráfico, ”Muita gente ainda não acredita na história, não acredita que haja realmente tráfico de mulheres.”
A fim de lembrar que esta prática existe e que algo dever ser feito, a ONG End It (que luta contra a escravidão de homens, mulheres e crianças) inovou, tratando o tema com uma campanha chocante: um outdoor ambulante circulou nas ruas de Atlanta (EUA) com mulheres escravas sexuais à mostra, para quem quisesse ver. Com a frase “Every year women are trafficked to major sporting events to be sold as sex slaves” (“Todo ano mulheres são traficadas para grandes eventos esportivos para serem vendidas como escravas sexuais”), a End It atingiu a intenção de recordar que grandes eventos esportivos são momentos em que os traficantes veem oportunidades de vender mulheres em um comércio bilionário de escravidão sexual.
Algumas ações para conscientizar as pessoas sobre esta realidade têm sido feitas também no Brasil, mas é importante que este assunto sempre esteja em pauta e não caia no esquecimento, dada a dimensão do tema e os problemas sociais causados pela impunidade de agentes responsáveis pela prática desse crime, que utilizam como vantagem a inocência e a fragilidade das vítimas.
autora RENATA ARRUDA
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Revisado por: Nayana Ferraz

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