Mídia.jor discute como se manter relevante em tempos de comunicação integrada



Kátia Zanvettor
12/09/2012 17:10



Na tarde desta terça-feira (12/9), ocorreu o terceiro painel do mídia.Jor “O desafio de ser relevante – como pensar a comunicação de forma integrada” com a presença de Fernando Luna, da editora Trip, Maria Luiza Borges, do Jornal do Commércio do Recife e Rosa Vanzella Fernando, da Máquina Public Relations. O Painel Diálogo III, moderado por Pedro Sigaud-Sellos, trouxe para o debate a constatação de que as estruturas dos negócios em comunicação transgridem o modelo tradicional e passa para a multiplataforma e que, nesse cenário, o jornalismo precisa se reinventar para garantir a integração e a convergência.





Fernando Luna abriu a reflexão apontando que o jornalismo passa por um momento crucial de transformação deflagrada pela revolução tecnológica, provocando uma reorganização nos modos de fazer, acessar, distribuir e fazer negócios com a notícia. Segundo o jornalista, os modelos de negócios estão se transformando rapidamente e as soluções ainda estão sendo experimentadas. “O modelo de negócio em cima da qual a indústria se consolidou é muito louca. Um modelo muito caro e muito descartável”, afirmou.



Crédito:Alf Ribeiro

Debatedores enalteceram necessidade dos jornalistas se atualizarem



Segundo Luna, o momento agora é de uma nova perspectiva e não tem relação com o medo do fim do papel, mas do novo reposicionamento sobre o que é efetivamente o negócio dos jornalistas. “Revistas e jornais são um jeito de olhar o mundo. Nós não vendemos papel. Assim, estamos falando de empresa que pensa o mundo de determinada maneira e expressa o mundo em diferentes suportes”, garantiu.





A segunda a falar foi a jornalista Maria Luiza Borges que compartilhou sua angústia sobre as transformações e o seu entusiasmo com as novas gerações do jornalismo que chegam completamente alfabetizadas na linguagem digital. Segundo a jornalista, o negócio integrado tem dois grandes desafios, o primeiro é “falar com os nativos digitais quando muitos de nós não somos é falar para pessoas que consomem informação de maneira multitarefa. Ou seja, estão consumindo informação e fazendo outras coisas simultaneamente”, disse.





Segundo Maria Luiza, o Jornal do Commércio tem enfrentado o desafio aprendendo com as novas gerações e valorizando práticas de colaboração entre as diferentes gerações da redação e garantindo que os jornalistas continuem tentando manter o seu maior patrimônio, que é a credibilidade na apuração da notícia.





Rosa Vanzella, da Máquina Public Relations, trouxe a perspectiva da integração a partir pelo viés das agencias de comunicação. Segundo Rosa, as transformações tecnológicas assim como afetou os veículos de comunicação também afetou e afeta os modelos de negócio da comunicação organizacional. Segundo Rosa, a empresa surgiu em 1995 como uma assessoria de imprensa, fazendo basicamente relacionamento com a mídia, e isso foi evoluindo a partir das demandas de mercado com o surgimento de novos desdobramentos com um perfil integrador.





“Hoje a comunicação organizacional ultrapassou a assessoria de imprensa e estamos desenvolvendo um trabalho focado no relacionamento com os diferentes públicos. O profissional de comunicação tem que mapear, enxergar e falar com todos os públicos que falam com uma organização e mostrar para os gestores com quem e como eles devem falar”, comentou.





A mesa foi finalizada com um debate em que o público questionou sobre como deve ser o perfil do jornalista neste novo cenário de integração. O consenso da mesa é que o tempo de integração é também um tempo de reformulação dos modelos tradicionais e “além de se alfabetizar o jornalista tem que mudar o comportamento. Em um tempo de diálogo e de redes abertas, não cabe mais espaço mais para uma certa arrogância, comum aos jornalistas”, provocou a jornalista Maria Luiza

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