França veta véu islâmico integral

Lei é aprovada por 246 votos a um e deve ser sancionada pelo presidente Nicolas Sarkozy

14 de setembro de 2010
14h 20

A francesa Kenza Drider promete desrespeitar lei. Foto: Claude Paris/AP
PARIS - O senado francês aprovou nesta quarta-feira, 14, o veto ao uso de véus islâmicos integrais, que cobrem todo o rosto da mulher, como a burca e o nicab.
O veto foi aprovado por 246 votos a 1. A maioria dos senadores de oposição se absteve em protesto. A lei já havia sido aprovada na Câmara em 13 de julho. Opositores do projeto têm dez dias para recorrer a medida no Conselho Constitucional, mas isto é considerado improvável por analistas. O presidente Nicolas Sarkozy deve sancionar a lei.
Para defensores da lei, ela garante a igualdade entre os sexos, aumenta a segurança e a dignidade da mulher e reflete os valores seculares da república francesa. "O véu integral coíbe a individualidade da pessoa dentro da comunidade", disse a ministra da Justiça francesa, Michele Alliot-Marie.
Ainda de acordo com a ministra, o veto não tem nada a ver com religião. "O véu desafia o modelo de integração baseado na aceitação dos valores da nossa sociedade", afirmou.



Oposição à lei

Líderes muçulmanos franceses acreditam que a lei pode elevar o risco de islamofobia no país. O projeto proíbe o uso de véus que cobrem o rosto da mulher nas ruas e em edifícios públicos.
O veto deve afetar cerca de 2 mil mulheres e deve entrar em vigor após seis meses depois da sanção da lei. Durante este período, a nova legislação será explicada à população.

A muçulmana francesa Kenza Drider promete desrespeitar a lei. "Não é uma lei justa. É contra liberdade individual, liberdade de religião e de consciência.", disse.
Kenza, que foi a única mulher a ser entrevistada pela comissão do Congresso sobre o tema, prometecontinuar usando o véu normalmente mesmo se a lei for sancionada.

Islamismo na França
A França tem a maior comunidade muçulmana da Europa Ocidental, com 5 milhões de fiéis. O uso de véus é comum entre mulheres imigrantes que vivem na periferia de grandes cidades, como Paris. O islã já é a segunda maior religião do país, atrás do catolicismo.
Existem diversos tipos de véus islâmicos. O nicab esconde todo o rosto da mulher, deixando à vista apenas os olhos. A burca é uma veste que cobre todo o corpo feminino. Já o chador e o hijab ocultam apenas o cabelo e o pescoço.
comentarios
A França esta certa, pois quem não deve, não precisa ficar escondedo o rosto, esconder o rosto e coisa de bandido. Tenho muito respeito aos mulçumanos, mas essa pratica serve apenas para esconder bandido.

15 de setembro de 2010
13h 32Denunciar este comentário
O grande problema da Europa hoje é a queda de natalidade das populações tradicionais. Com a chegada de imigrantes muçulmanos às pencas, que têm muito mais filhos que os Europeus, é provável que, em algumas décadas, a Europa será maciçamente muçulmana. Enquanto a Europa se auto-demole, a Eurábia surge dos seus escombros. Sem reverter a queda de natalidade (o que é quase impossível) a Europa tradicional vai morrer. Essa lei de proibição de véus é só mais um paliativo grotesco que não toca na raiz do problema. A civilizaçao ocidental terá muita sorte se ainda existir dentro de 50 anos.

PARA REFLETIR: RESPEITO, PRECONCEITO, INTOLERANCIA...









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