Por Laéria Fontenele Os Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, de Freud, foram responsáveis por dar prosseguimento à revolução promovida por sua obra canônica, A interpretação dos sonhos. Na obra de 1905, o concito de pulsão será o responsável por redimensionar o entendimento da sexualidade humana, ao mostrar o seu definitivo afastamento da ordem natural e puramente biológica, rompendo com a segregação psicopatológica, em relação às formas de manifestação sexual, consideradas desviantes por saberes que, mais do que científicos, eram morais. Nesse mesmo ano, a publicação do caso “Dora”, realiza importantes deslocamentos no que diz respeito a aspectos da vinculação entre sintoma, corpo e desejo na histeria. A importância clínica e teórica desses textos fundamentais é plural e incomensurável, se considerarmos o pouco que nossa cultura avançou, desde então, com a inscrição nela impressas das descobertas freudianas acerca da sexualidade humana, uma vez que a incorporaçã