A anorexia e o mito da beleza

Postado em 16/05/2011 às 22:51 por Claudia Matarazzo
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Atualmente, há um endeusamento da profissão de modelo. Ser modelo é quase o máximo. Não tenho nada contra quem escolhe e/ou exerce a profissão. O problema é tentar corresponder a essa expectativa de forma perfeita. Ao equacionar a fórmula fama= forma perfeita= ser magérrima, desde muito jovens as meninas flertam com perigos como a anorexia – para citar apenas um – e, eventualmente, sucumbem.


Anorexia: um fantasma para a geração atual (Foto: Thinkstock)

Ora, o tal peso ideal – com todos os números, medidas e correspondências em massa muscular, corpórea etc. – é simplesmente impossível de alcançar. Não passa de uma invenção da indústria da beleza para que as pessoas consumam, gastem, iludam-se. E, principalmente, que continuem a persegui-lo gastando e consumindo cada vez mais.
A doença ocorre hoje muito mais em decorrência dos costumes do que da classe social. Por imposição de um padrão de beleza irreal e perigoso ditado pela mídia, poderosíssima.
Tão poderosa que até mesmo a nobreza se curva aos seus ditames: a princesa Victoria, filha da rainha Silvia da Suécia, já padeceu da doença. Atualmente a princesa Letizia, mulher do Príncipe das Astúrias da Espanha, e a rainha Rânia da Jordânia podem ser vistas com silhuetas perigosamente esbeltas. Há rumores de que ambas estejam lutando contra esse fantasma.
Provavelmente a anorexia existiu também no século XIX e até antes. Mas aposto que com muito menos frequência. Há hoje uma assustadora distorção de valores! É preciso refletir seriamente e tomar providências drásticas e rápidas para reverter esse processo. E isso apenas as mães de toda essa geração de meninas podem fazer. Daí, a enorme responsabilidade.
Que garotas sem preparo ou em idade vulnerável caiam nesse tipo de armadilha conceitual é até compreensível – embora trágico. Mas que pais e mães dêem força e atropelem a infância das meninas para que aos doze anos comecem a ganhar dinheiro e passem fome é criminoso.
Além do fato de que cachê nenhum paga o sofrimento atroz de ver um filho minguar aos poucos até morrer. E não por falta de víveres, mas por falta de informação e de consciência – deles próprios e de quem os criou.
NÃO CUSTA LEMBRÁ-LAS SOBRE O TEMA.  SALVEM NOSSOS CORPOS

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