Violência contra a mulher ganha campanha mundial
07/03/2013 08h47 - Atualizado em 07/03/2013 13h47
Violência contra a mulher ganha campanha mundial
O Ministério Público do Mato Grosso do Sul encampou a campanha “Noiva”, de combate à violência contra a mulher, que será lançada amanhã
Do Progresso
O dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, será usado em várias partes do mundo para o lançamento de uma campanha internacional de combate à violência contra a mulher. O Brasil é um dos países que encamparam a campanha “Noiva”, lançada em toda Europa em novembro do ano passado. No Mato Grosso do Sul, o movimento tem o apoio e a promoção do Ministério Público Estadual.
A campanha “Noiva” foi lançada pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), na Europa, em 25 de novembro de 2012, para o Dia Internacional para a Erradicação da Violência Contra a Mulher e, agora, é lançada em Mato Grosso do Sul por meio de termo de cooperação celebrado entre MPMS e APAV.
A ação é também uma parceria do Ministério Público com o Governo Federal, já que os recursos utilizados para a impressão de folders, cartazes e painéis são oriundos de convênio com o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça.
De acordo com o MPE, o lançamento da campanha europeia no Brasil é extremamente relevante porque apresenta à sociedade e aos órgãos públicos o fato de que a violência doméstica e familiar é temática universalizada e acontece independe de etnia, de classe social ou cultural, em razão da ainda presente desigualdade nas relações sociais de gênero. Uma campanha internacional informa também da preocupação mundial com a proteção dos direitos humanos das mulheres.
“A campanha ‘Noiva’ apresenta-nos, pela contradição, o verdadeiro sentido de uma união afetiva. O que é um casamento? Tem de ser ‘até que a morte nos separe’ quando nele não se encontra companheirismo e proteção?”, diz campanha.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul já deu início ao lançamento da campanha “Noiva” na Capital. Com o objetivo de divulgar o atendimento às mulheres que sofrem violência doméstica, o material traz imagens fortes de mulheres agredidas.
A violência contra as mulheres e meninas é um flagelo global que afeta milhões em todo o mundo, e tem sido uma preocupação da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Acabar com a violência contra as mulheres é uma questão de vida e morte”, disse o vice-secretário-geral da ONU, Jan Eliasson, na abertura da sessão de duas semanas da Comissão sobre o Status da Mulher, em Nova York. “O problema permeia todos os países, mesmo nas regiões mais estáveis e desenvolvidas.”
Eliasson ressaltou que são necessárias múltiplas abordagens para resolver esta questão, desde governos implementando políticas para capacitar as vítimas e perseguir penalmente os agressores, até que a cultura da violência seja quebrada, tomar uma parte equitativa.
“A violência contra a mulher permeia tanto zonas de guerra quanto comunidades estáveis, tanto capitais quanto zonas rurais, tanto espaços públicos como a esfera privada”, disse Eliasson. “Uma vez que é uma característica inaceitável da vida diária, temos de responder em todos os lugares e em todos os níveis”, disse.
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