E a vigorexia anda à solta!!!!


Vale a pena ler esta notícia sobre a propagação da avigorexia masculina.




Internet turbina culto aos anabólicos


Publicado em 23.05.2009, às 16h22Do JC
Leonardo tem 16 anos e até pouco tempo tinha vergonha do próprio corpo. A magreza fazia do garoto alvo constante das piadas dos amigos. Foi a partir daí que resolveu entrar em uma academia. Malhou regularmente durante seis meses e tomou suplementos alimentares, mas disse não ter conseguido massa muscular. Só então decidiu recorrer aos anabolizantes. “O cara muito magro não tem moral na rua e não fica com nenhuma menina. Estava treinando forte, cinco vezes por semana, mas meu corpo não saía do canto. Com os anabólicos, dei uma crescida. Agora, gosto quando me olho no espelho”, contou.A magreza ficou mesmo no passado. Com os anabolizantes, Leonardo ganhou 13 kg de músculo. Nos últimos nove meses, investiu quase R$ 2 mil com a compra de esteroides, todas pela internet. Aliás, foi a rede mundial de computadores que estimulou o garoto a se bombar, depois de frequentar fóruns sobre o assunto, onde vários contrabandistas atuam livremente e fazem forte apologia ao consumo. “Na internet, tirei todas as minhas dúvidas. Desde o que tomar até como atenuar os efeitos colaterais”, afirmou.»
O lado sombrio da força» A rota do contrabando de anabolizantes» Sedex traz drogas até em casa» Bomba tem inflação de quase 400%A operação de compra pela internet é sempre a mesma. Os compradores fazem o depósito na conta do contrabandista e enviam um e-mail com uma cópia do comprovante. Numa média de dez dias depois, recebe um Sedex com os produtos. Como medida de segurança, o endereço do remetente é sempre falso. “É uma estrutura de comércio que todos gostam, porque ninguém precisa mostrar a cara, podemos usar até pseudônimos. Além disso, pela internet, temos mais opções para comprar e por um preço menor”, comentou o ex-judoca Hildo.“Estes produtos estão mais baratos porque não há intermediários na operação”, disse, por e-mail, um contrabandista de São Paulo, que vende pela internet. Ele se comunicou durante 15 dias com a reportagem do JC, acreditando se tratar de pretensos consumidores (ver relato ao lado).Na mesma medida em que facilita o caminho de garotos até as bombas, a internet alimenta informações distorcidas sobre o assunto, principalmente nos fóruns destinados a debates. Todos entram usando pseudônimos e a maioria faz apologia ao consumo de anabolizantes. Em alguns momentos, ironizam pessoas magras e gordas, chamando-as de “nojentas”.“Tem muita coisa deturpada na internet, postada por gente que não entende de musculação e saúde. Eles prometem fórmulas mágicas com o uso de anabolizantes e não falam dos malefícios. Os garotos entram nestes fóruns e acham que podem resolver os seus problemas rapidamente. Há coisas muito absurdas e que podem levar à morte”, disse o personal trainer Derval Rêgo.
O EFEITO INTERNET - A reportagem do Jornal do Commercio conseguiu com uma de suas fontes o contato de um dos principais contrabandistas de anabolizantes do País, que mora em São Paulo. Por quatro semanas, os repórteres se passaram por compradores dispostos a se tornar revendedores da droga no Estado. Nesse período, foram trocados 17 e-mails com ele. Na conversa, foram feitos questionamentos sobre a operação e os riscos de interceptação pela polícia. O contrabandista confidenciou sua crescente preocupação com a fiscalização, principalmente no Sudeste, mas garantiu que ainda são seguras as transações usando a estrutura dos Correios.


Enfim temos que cuidar nos nossos corpos.

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