Mais campanha contra a violência domestica
TJPE faz campanha incentivando denúncia de violência doméstica
Em parceria com empresas de ônibus, cartazes vão circular pela RMR.
Telefone 180 é serviço nacional gratuito para que vítimas denunciem abusos.
Até o dia 15 de setembro, os ônibus da Região Metropolitana do Recife vão veicular cartazes da campanha "Silêncio não protege, denuncie". Idealizada pela 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Recife, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a iniciativa pretende estimular a denúncia de casos de violência doméstica através do telefone 180, serviço que funciona 24 horas e é gratuito.
"Qualquer pessoa pode ligar, não precisa ser só a vítima", explicou a juíza Roberta Viana Jardim, em exercício na 1ª Vara. "O que queremos é dar poder à mulher, que ela se sinta segura para denunciar o sofrimento que está passando. Aqui nós temos um trabalho psicossocial que é muito importante, pois mesmo que a mulher não tenha mais contato com o agressor após a denúncia, as duas pessoas vão ter outros relacionamentos, então precisamos acompanhar o psicológico delas, para que estejam aptas a isto", disse Jardim.
Ainda segundo a juíza, a importância da campanha também reside na divulgação de informações sobre programas de proteção para mulheres que sofrem abusos. "Não precisa ser necessariamente o companheiro [quem pratica a agressão]. Muitas mulheres são agredidas por filhos, pais e até outras mulheres. Elas precisam saber que existe um local seguro onde podem relatar sobre problemas".
O TJPE também irá divulgar a campanha online, através do perfil do tribunal no Twitter. Tanto delegacias da mulher quanto delegacias comuns estão aptas a receberem denúncias de violência doméstica. Segundo a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, responsável pelo serviço telefônico 180, cerca de 70% das agressões relatadas à Central de Atendimento à Mulher são praticadas pelo companheiro ou ex-marido das vítimas. Quase 60% das mulheres atendidas pelo serviço afirmam ser agredidas diariamente.
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