'Bonita é a mãe': ensaios fotográficos questionam patrulha ao corpo feminino
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Projeto da fotógrafa Renata Penna quer mostrar as histórias que os corpos contam
Valéria Mendes - Saúde PlenaPublicação:01/04/2015 14:00Atualização: 02/04/2015 12:08
A mudança no corpo após a gravidez é um tema que tem mobilizado as redes sociais e pautado discussões na mídia tradicional sobre a patrulha ao corpo feminino. O debate também tem servido de inspiração para projetos fotográficos que mostram que o conceito de beleza não cabe dentro de um padrão. Quem não se lembra do post da canadense Tanis Jex-Blake, de 33 anos, que foi ao Facebook dizer que treze anos após dar à luz ao filho mais velho – ela é mãe de cinco – teve coragem de voltar a usar biquíni, mas acabou sendo ridicularizada e agredida na praia por um trio de jovens? Tanis fingiu que dormia, mas viu o grupo simular que iria chutá-la e ouviu comentários sobre as suas estrias "Olha que coisa mais nojenta e desagradável".
O desabafo da canadense foi compartilhado por mais de 8 mil pessoas e dizia: “Sinto muito se a minha primeira tentativa, em 13 anos, de me bronzear de biquíni em público incomodou vocês. Sinto muito se minha barriga não é plana e firme. Sinto muito que minha barriga esteja coberta de estrias. Mas NÃO lamento que o meu corpo tenha abrigado, protegido e alimentado CINCO seres humanos fabulosos, saudáveis, inteligentes e maravilhosos. Quero que vocês saibam que, enquanto olhava seus corpos jovens perfeitos, só conseguia pensar comigo mesma: ‘que grande e incrível façanha seus corpos fizeram?’ (...) Também quero que vocês saibam que mantive minha cabeça erguida, firme, fingindo que o que vocês fizeram não teve efeito sobre mim, mas eu chorei no carro no caminho de casa. Obrigada por arruinarem meu dia. São pessoas como vocês que tornam esse mundo feio e detestável.”
No Tumbrl que ela criou para divulgar as imagens, a fotógrafa sintetiza a proposta do trabalho: “Eu quero ver exposto esse corpo real, bonito, vivido, feito de sentimento. Esse corpo que se dobra, que se contorce de dor, de prazer, de alegria, de desejo. Esse corpo onde se rabisca uma história, esse corpo que é único e não se compara a nenhum outro. A beleza dele é essa, e é a maior do mundo. A mais significativa também.”
fonte http://sites.uai.com.br/app/galerias/saudeplena/2015/04/01/interna_galeria_saudeplena,1066/bonita-e-a-mae-conheca-o-trabalho-da-fotografa-renata-penna.shtml
"Se nada mais pode ser igual do lado de dentro depois que gestamos e parimos nossos filhos, porque seria igual do lado de fora?" - Renata Penna, idealizadora do projeto 'Bonita é a mãe'
A mudança no corpo após a gravidez é um tema que tem mobilizado as redes sociais e pautado discussões na mídia tradicional sobre a patrulha ao corpo feminino. O debate também tem servido de inspiração para projetos fotográficos que mostram que o conceito de beleza não cabe dentro de um padrão. Quem não se lembra do post da canadense Tanis Jex-Blake, de 33 anos, que foi ao Facebook dizer que treze anos após dar à luz ao filho mais velho – ela é mãe de cinco – teve coragem de voltar a usar biquíni, mas acabou sendo ridicularizada e agredida na praia por um trio de jovens? Tanis fingiu que dormia, mas viu o grupo simular que iria chutá-la e ouviu comentários sobre as suas estrias "Olha que coisa mais nojenta e desagradável".
O desabafo da canadense foi compartilhado por mais de 8 mil pessoas e dizia: “Sinto muito se a minha primeira tentativa, em 13 anos, de me bronzear de biquíni em público incomodou vocês. Sinto muito se minha barriga não é plana e firme. Sinto muito que minha barriga esteja coberta de estrias. Mas NÃO lamento que o meu corpo tenha abrigado, protegido e alimentado CINCO seres humanos fabulosos, saudáveis, inteligentes e maravilhosos. Quero que vocês saibam que, enquanto olhava seus corpos jovens perfeitos, só conseguia pensar comigo mesma: ‘que grande e incrível façanha seus corpos fizeram?’ (...) Também quero que vocês saibam que mantive minha cabeça erguida, firme, fingindo que o que vocês fizeram não teve efeito sobre mim, mas eu chorei no carro no caminho de casa. Obrigada por arruinarem meu dia. São pessoas como vocês que tornam esse mundo feio e detestável.”
No Tumbrl que ela criou para divulgar as imagens, a fotógrafa sintetiza a proposta do trabalho: “Eu quero ver exposto esse corpo real, bonito, vivido, feito de sentimento. Esse corpo que se dobra, que se contorce de dor, de prazer, de alegria, de desejo. Esse corpo onde se rabisca uma história, esse corpo que é único e não se compara a nenhum outro. A beleza dele é essa, e é a maior do mundo. A mais significativa também.”
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