Iraque: cada mulher Yazidi era partilhada por 10 combatentes islâmicos
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A história de Amsha, uma jovem de 19 anos da minoria yazidi do Iraque, é a história de centenas de mulheres da mesma religião sequestradas pelo grupo Estado Islâmico.
A jovem mãe foi raptada durante a ofensiva islamista a Sinjar, no início de setembro. Violada e vendida pelos combatentes, Amsha conseguiu escapar para o Curdistão iraquiano há alguns dias.
“Cada mulher Yazidi era partilhada por 10 combatentes do Estado islâmico antes de nos venderem por 10 a 12 dólares. Quem é que pode aceitar isto? Será que Deus está de acordo? É uma vergonha violar uma mulher, mas quando é violada por 10 homens… São animais não são humanos. Ainda hoje sinto muito medo”.
Segundo alguns relatos, seriam os próprios combatentes que teriam fornecido telemóveis às reféns para entrarem em contato com a família e semear o terror entre a comunidade.
Outra mulher que conseguiu escapar-se, relata:
“Há três dias falei com a minha mãe, ela enterra o telemóvel para escondê-lo dos combatentes, pois se descobrem o telemóvel, o mais certo é que lhe dêm um tiro na cabeça. Não sei se terão encontrado o telemóvel da minha irmã, pois há 12 dias que não consigo contactá-la”.
Segundo um relatório da ONU apresentado hoje, os combatentes, acusados de levarem a cabo uma limpeza étnica contra as minorias religiosas, manteriam sequestradas mais de 600 mulheres, utilizadas como escravas sexuais e vendidas por valores até 150 dólares.
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