Pra que consumir tanto?
Por Selma Felerico - Ed. 21 - 02/04/2013
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Selma Felerico -
Inspirado em artigo publicado no jornal Valor Econômico, por Alexandre Rodrigues em 22 de março de 2013, trago hoje uma reflexão sobre o novo grupo de consumidores que opta por consumir menos, somente o essencial. Segundo Alexandre Rodrigues: “Como os movimentos artísticos do século passado que lhe emprestam o nome, o minimalismo do século XXI prega a redução do estilo de vida ao essencial. O fenômeno ganhou uma vertente importante a partir da digitalização da cultura e da internet. As músicas se tornaram MP3, descartando os CDs. Serviços como o Netflix, que passam filmes em “streaming”, e “torrents” feriram de morte os DVDs. Os livros ainda resistem, mas para muitos é questão de tempo – a Amazon já vende mais livros eletrônicos do que físicos e hoje uma biblioteca inteira pode ser guardada e lida em um “tablet” ou Kindle. Veio a crise na economia mundial e a ideia de consumir menos ganhou novos adeptos.” Ainda segundo o texto do valor Econômico nos últimos anos, vários estudos de psicologia revelaram os efeitos negativos do consumismo. Os indivíduos consumistas são mais ansiosos, infelizes e antissociais, concluíram, de acordo com dois pesquisadores americanos, Tim Kasser e Aaron Ahuvia. Em 2012, um trabalho conduzido por Galen V. Bodenhausen, da Universidade Northwestern, também nos Estados Unidos, chegou às mesmas conclusões, acrescentando que entre os consumistas desenfreados as taxas de bem-estar eram mais baixas do que em outros grupos.
De acordo com uma pesquisa da Universidade da Califórnia, onde antropólogos estudaram por nove anos 32 famílias de classe média americana. Fotografaram cada objeto que entrava nas casas, registrando todos os produtos eletrônicos, móveis entre outras coisas. E constataram que gerenciar a quantidade de objetos acumulados é uma das prioridades de qualquer morador adulto. E curiosamente 75% das garagens estavam tão lotadas de quinquilharias que já não permitiam a entrada dos carros.
“Há cada vez mais pessoas pensando que é insustentável a quantidade de objetos que carregamos pela vida”, diz Alex Castro, escritor carioca, que vive em um apartamento de 22 metros quadrados, em Copacabana, com poucos objetos.
Amigos não acredito que a sociedade consumista atual tenha pensado no assunto, mas vale a pena observar esse movimento individual de alguns.
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