Israel proíbe modelos muito magras em anúncios publicitários
Medida prevê também que se informe quando a fotografia da modelo foi alterada por programas de edição
No intuito de erradicar a anorexia e outros distúrbios alimentares entre mulheres e crianças, Israel aprovou uma nova legislação que proíbe a participação de modelos "muito magras" em anúncios publicitários.
Modelo participa da Semana de Moda de Tóquio. Profissionais magras demais não poderão aparecer em anúncios em Israel
A medida prevê também que as publicações e os responsáveis pelos anúncios informem os leitores e consumidores que a fotografia da modelo foi alterada por meio de programas de edição para deixá-la mais magra.
A lei é o primeiro passo adotado por Israel para regular a indústria de moda do país que, segundo o governo, está provocando distúrbios alimentares em centenas de modelos por conta do culto à magreza extrema.
Os defensores da lei alegaram que esperam que a medida incentive o uso de modelos saudáveis nos anúncios e publicações do país. “Nós queremos quebrar a ilusão de que a modelo que nós vemos é real”, afirmou Liad Gil-Har, advogado assistente da idealizadora da lei, Dra. Rachel Adato, em referência ao uso exagerado de programas de edição nas fotos das modelos.
A “magreza” aceitável foi definida por meio do critério utilizado pela ONU (Organização das Nações Unidas) para definir má nutrição. Para isso, o organismo utiliza o IMC (Índice de Massa Corpórea) que leva em consideração a altura e o peso das pessoas.
Pela medida, modelos com IMC abaixo de 18,5 não poderão participar de campanhas no país. Isso significa que uma modelo de 1,72 metros, por exemplo, não poderá ter menos de 54 quilos. A lei não é aplicada para campanhas internacionais veiculadas em Israel.
Segundo a antropóloga Sigal Gooldin, cerca de 2% das meninas israelenses entre 14 e 18 têm algum tipo de distúrbio alimentar.
O projeto de lei foi criticado, porém, por se concentrar no peso das modelos e não na saúde delas. “Que forcem testes atualizados. Que façam as garotas irem ao médico. Que pensem em um sistema para seguir as garotas que são encontradas vomitando”, afirmou a modelo Ali Neumman, cujo IMC a impediria de trabalhar no país.
Com a aprovação, as modelos terão de apresentar um relatório médico de no mínimo três meses em cada sessão de fotos para provar que não possuem distúrbios alimentares.
“Se de um lado talvez iremos ferir algumas modelos, do outro lado iremos salvar muitas crianças”, alegou Adato, que também é ginecologista.
"Há um fosso entre nossos corpos e os corpos [considerados] ideais. Estes continuam encolhendo e ficando menores”, completou Gooldin.
No intuito de erradicar a anorexia e outros distúrbios alimentares entre mulheres e crianças, Israel aprovou uma nova legislação que proíbe a participação de modelos "muito magras" em anúncios publicitários.
Modelo participa da Semana de Moda de Tóquio. Profissionais magras demais não poderão aparecer em anúncios em Israel
A medida prevê também que as publicações e os responsáveis pelos anúncios informem os leitores e consumidores que a fotografia da modelo foi alterada por meio de programas de edição para deixá-la mais magra.
A lei é o primeiro passo adotado por Israel para regular a indústria de moda do país que, segundo o governo, está provocando distúrbios alimentares em centenas de modelos por conta do culto à magreza extrema.
Os defensores da lei alegaram que esperam que a medida incentive o uso de modelos saudáveis nos anúncios e publicações do país. “Nós queremos quebrar a ilusão de que a modelo que nós vemos é real”, afirmou Liad Gil-Har, advogado assistente da idealizadora da lei, Dra. Rachel Adato, em referência ao uso exagerado de programas de edição nas fotos das modelos.
A “magreza” aceitável foi definida por meio do critério utilizado pela ONU (Organização das Nações Unidas) para definir má nutrição. Para isso, o organismo utiliza o IMC (Índice de Massa Corpórea) que leva em consideração a altura e o peso das pessoas.
Pela medida, modelos com IMC abaixo de 18,5 não poderão participar de campanhas no país. Isso significa que uma modelo de 1,72 metros, por exemplo, não poderá ter menos de 54 quilos. A lei não é aplicada para campanhas internacionais veiculadas em Israel.
Segundo a antropóloga Sigal Gooldin, cerca de 2% das meninas israelenses entre 14 e 18 têm algum tipo de distúrbio alimentar.
O projeto de lei foi criticado, porém, por se concentrar no peso das modelos e não na saúde delas. “Que forcem testes atualizados. Que façam as garotas irem ao médico. Que pensem em um sistema para seguir as garotas que são encontradas vomitando”, afirmou a modelo Ali Neumman, cujo IMC a impediria de trabalhar no país.
Com a aprovação, as modelos terão de apresentar um relatório médico de no mínimo três meses em cada sessão de fotos para provar que não possuem distúrbios alimentares.
“Se de um lado talvez iremos ferir algumas modelos, do outro lado iremos salvar muitas crianças”, alegou Adato, que também é ginecologista.
"Há um fosso entre nossos corpos e os corpos [considerados] ideais. Estes continuam encolhendo e ficando menores”, completou Gooldin.
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