Modernidade arcaica: O paradoxo feminino do século XXI
Por volta de 1960, esse quadro passou a ser invertido: com o advento dos métodos contraceptivos, a mulher assumiu controle sobre seu corpo, podendo, então, decidir o momento no qual deseja ter filhos, sem que isso implique na estagnação de sua rotina sexual, abrindo precedentes para um melhor planejamento de vida, em que a formação acadêmica e o trabalho ganham destaques cada vez maiores. Isso desvincula as escolhas femininas das masculinas de forma praticamente definitiva.
Mas, ainda há sérios preconceitos altamente camuflados. Por exemplo, quando uma moça possui vários parceiros sexuais, ela não é vista da mesma forma que um rapaz que possui várias. Essa diferenciação moral e sexual apresenta-se como uma das mais fortes, mais implícitas e mais difíceis de serem coibidas.
Essa é uma das questões atuais de mais difícil solução, pois implica, principalmente, na modificação de uma mentalidade há muito solidificada. É essencial o investimento em educação, por parte do governo, principalmente, para que todos possam atingir uma formação adequada, almejar uma profissão e uma concomitante independência financeira. Promover debates, a partir de iniciativas públicas e particulares, em meio às tantas mídias existentes, bem como desenvolver mecanismos legais que impeçam a diferenciação sexual são exemplos de medidas a serem tomadas.
Desde meados do século XX, iniciou-se, de forma vigorosa, a luta pela igualdade entre os sexos. Contudo, ainda hoje, há preconceitos e desequilíbrios quanto a isso, muitas vezes, apresentados de formas implícitas, indo muito além do exemplo de diferenciação salarial.
Através da história, a mulher assumiu distintos papéis dentro de diferentes organizações sociais, sejam eles de maior ou menor destaque, como em Esparta ou Egito e em Atenas, respectivamente. Entretanto, essa relevância diminuiu, e elas foram assumindo funções e comportamentos cada vez mais submissos.
fonte: http://www.opovo.com.br/app/opovo/jornaldoleitor/2011/12/17/noticiajornaldoleitorjornal,2357004/modernidade-arcaica-o-paradoxo-feminino-do-seculo-xxi.shtml acesso em 25 de dezembro
Luíza de Amorim de Carvalho
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