JOÃO BRAGA - Historiador de moda fala sobre a cultura da magreza
Rosângela Espinossi
Direto da SPFW
O professor e historiador de moda João Braga conversou com o Terra sobre a polêmica em torno da magreza das modelos nas passarelas. O assunto, porém, não é novo e tem até um rastro histórico. "Não é a primeira vez que a mulher sofre para ter o corpo magro", afirmou.
Segundo ele, nos anos 1960, quando os jovens começaram a ditar o padrão de beleza, muita gente não conseguia tais medidas. "O cinema começou a impor tal silhueta e, em seguida, com a modelo Twiggy e Mary Quant, que difundiu a minissaia, começou-se a ditadura da magreza."
Nos anos 1950, os padrões eram de adultos, com corpo mais rechonchudo. "Já os jovens têm a anatomia mais enxuta e quando a geração baby boom, concebida appos a Segunda Guerra, começou a se impor na sociedade, estabeleceu-se esta silhueta como sendo a normal."
Nos anos 1970, com a consolidação do movimento hippie, o corpo magro não era tão cultuado. "Nos anos 1980, o padrão estético foi o das pessoas saradas e malhadas na academia. Primeiro porque a mulher precisava se impor no mercado e também por conta da Aids, cujos doentes morriam com 25 kg ou 30 kg. Era preciso mostrar saúde. Ninguém podia aparentar doença."
Padrão estabelecido
João Braga explica que o padrão atual de passarela está estabelecido pelo mercado: homens e mulheres magros. "Isso já está incutido na cabeça das pessoas, porém pode gerar um problema social. Os jovens são muito vulneráveis à opinião alheia e acham que podem viver com uma folha de alface, o que pode se transformar num problema de saúde. E também não dá para acreditar que com 30, 40 ou 50 anos a pessoa vai manter o mesmo peso. O metabolismo muda e é preciso aceitar isso."
Ele lembra que foram os gregos que estabeleceram o padrão clássico de beleza baseado em três princípios: equilíbrio, simetria e proporção. Esses três elementos equilibrados são sinônimos de harmonia. "Tanto que em períodos nos quais não há uma padronização única, volta-se para o clássico grego. Já se estabeleceu que as medidas ideais da mulher são as do seio, cintura e quadril da Vênus de Milo."
LEIA MAIS NO SITETERRA.http://moda.terra.com.br/spfw/inverno/2010/noticias/0,,OI4220255-EI14590,00-Historiador+de+moda+fala+sobre+a+cultura+da+magreza.html
O MUNDO É DEMOCRATA PARA CADA UM TER SUA OPINIÃO. MAS O IMPORTANTE É SALVARMOS OS CORPOS NA INANIÇÃO, NOS SACREFÍCIOS E DAS INTERVEMÇÕES MAL SUCEDIDAS
Direto da SPFW
O professor e historiador de moda João Braga conversou com o Terra sobre a polêmica em torno da magreza das modelos nas passarelas. O assunto, porém, não é novo e tem até um rastro histórico. "Não é a primeira vez que a mulher sofre para ter o corpo magro", afirmou.
Segundo ele, nos anos 1960, quando os jovens começaram a ditar o padrão de beleza, muita gente não conseguia tais medidas. "O cinema começou a impor tal silhueta e, em seguida, com a modelo Twiggy e Mary Quant, que difundiu a minissaia, começou-se a ditadura da magreza."
Nos anos 1950, os padrões eram de adultos, com corpo mais rechonchudo. "Já os jovens têm a anatomia mais enxuta e quando a geração baby boom, concebida appos a Segunda Guerra, começou a se impor na sociedade, estabeleceu-se esta silhueta como sendo a normal."
Nos anos 1970, com a consolidação do movimento hippie, o corpo magro não era tão cultuado. "Nos anos 1980, o padrão estético foi o das pessoas saradas e malhadas na academia. Primeiro porque a mulher precisava se impor no mercado e também por conta da Aids, cujos doentes morriam com 25 kg ou 30 kg. Era preciso mostrar saúde. Ninguém podia aparentar doença."
Padrão estabelecido
João Braga explica que o padrão atual de passarela está estabelecido pelo mercado: homens e mulheres magros. "Isso já está incutido na cabeça das pessoas, porém pode gerar um problema social. Os jovens são muito vulneráveis à opinião alheia e acham que podem viver com uma folha de alface, o que pode se transformar num problema de saúde. E também não dá para acreditar que com 30, 40 ou 50 anos a pessoa vai manter o mesmo peso. O metabolismo muda e é preciso aceitar isso."
Ele lembra que foram os gregos que estabeleceram o padrão clássico de beleza baseado em três princípios: equilíbrio, simetria e proporção. Esses três elementos equilibrados são sinônimos de harmonia. "Tanto que em períodos nos quais não há uma padronização única, volta-se para o clássico grego. Já se estabeleceu que as medidas ideais da mulher são as do seio, cintura e quadril da Vênus de Milo."
LEIA MAIS NO SITETERRA.http://moda.terra.com.br/spfw/inverno/2010/noticias/0,,OI4220255-EI14590,00-Historiador+de+moda+fala+sobre+a+cultura+da+magreza.html
O MUNDO É DEMOCRATA PARA CADA UM TER SUA OPINIÃO. MAS O IMPORTANTE É SALVARMOS OS CORPOS NA INANIÇÃO, NOS SACREFÍCIOS E DAS INTERVEMÇÕES MAL SUCEDIDAS
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