O Cinema dá vez aos gordinhos
O SITE G1 DÁ UM GRANDE DESTAQUE AOS FILMES DA MOSTRA DE CINEMA QUE FALAM SOFRE GORDURA. OU SEJA, NÃO SÓ EU QUE ESTUDO ESSA OBSESSÃO SOBRE MAGREZA DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA. O TEMA MERECE ATENÇÃO. QUEM SABE O CINEMA AJUDE.
Suécia descarta ditadura da beleza e dá vez aos atores gordinhos no cinema
Obesidade e preconceito são tema de 3 filmes em cartaz na Mostra SP.'As pessoas estão entediadas com a perfeição', diz diretora sueca.
Suécia descarta ditadura da beleza e dá vez aos atores gordinhos no cinema
Obesidade e preconceito são tema de 3 filmes em cartaz na Mostra SP.'As pessoas estão entediadas com a perfeição', diz diretora sueca.
Olhando daqui de baixo, a Suécia pode parecer o retrato mais próximo da perfeição – um legítimo país de Primeiro Mundo, onde a democracia é plena, a cultura e os bens de consumo são acessíveis e a população, um exército de modelos de 2 metros de altura, pele branca como a neve e cristalinos olhos azuis. Mas, como revelam alguns filmes que participam da 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, nem tudo são flores na terra dos escandinavos. A Suécia também tem gente “feia”, que sofre com a obesidade, o preconceito e a falta de oportunidades.
Como muitos adolescentes no mundo, Rille, o protagonista de “O rei do ping-pong”, é um garoto de 16 anos, que mora em uma cidade do interior e é vítima constante dos valentões da escola por estar muitos quilos acima do peso ideal para a sua idade. Resignado com o fato, ele se conforta em dizer que é o oposto de seu irmão mais novo – um loirinho magricela que faz sucesso com as garotas do colégio – e de seu pai – um mergulhador do Exército mulherengo que não se cansa em narrar seus feitos heróicos a algumas léguas abaixo do mar. Mas Rille, que não tem namorada nem sabe nadar, é também o guardião da chave da sala de ping-pong da escola, um lugar onde as crianças mais novas vão matar o tempo entre as aulas e onde, aí sim, ele é invencível e reina absoluto. “O ping-pong é o esporte mais democrático que existe”, repete o personagem, como um mantra.
Em outra cidadezinha ao norte da Suécia vive Maja. Igualmente rechonchuda e excluída pela “gente bonita” da escola, seu sonho é se transformar em uma grande atriz. Apesar de nunca conseguir o papel principal nas peças de teatro amador, a personagem principal de “Estrelando Maja” tem talento e não se deixa abater facilmente pelas primeiras dificuldades. A vida da garota ameaça mudar quando conhece uma cinegrafista cuja única experiência por trás das câmeras, na verdade, são filmagens de casamentos. Erika, a aspirante a cineasta, se comove com o carisma de Maja e decide fazer um documentário em forma de “reality show” sobre a vida da aspirante a estrela. Durante as filmagens, ela até consegue um papel para Maja num programa de TV de Estocolmo, mas não tem jeito: como diz a própria garota, “todos os papeis que me dão são de personagens gordas, feias e solitárias”.
Como muitos adolescentes no mundo, Rille, o protagonista de “O rei do ping-pong”, é um garoto de 16 anos, que mora em uma cidade do interior e é vítima constante dos valentões da escola por estar muitos quilos acima do peso ideal para a sua idade. Resignado com o fato, ele se conforta em dizer que é o oposto de seu irmão mais novo – um loirinho magricela que faz sucesso com as garotas do colégio – e de seu pai – um mergulhador do Exército mulherengo que não se cansa em narrar seus feitos heróicos a algumas léguas abaixo do mar. Mas Rille, que não tem namorada nem sabe nadar, é também o guardião da chave da sala de ping-pong da escola, um lugar onde as crianças mais novas vão matar o tempo entre as aulas e onde, aí sim, ele é invencível e reina absoluto. “O ping-pong é o esporte mais democrático que existe”, repete o personagem, como um mantra.
Em outra cidadezinha ao norte da Suécia vive Maja. Igualmente rechonchuda e excluída pela “gente bonita” da escola, seu sonho é se transformar em uma grande atriz. Apesar de nunca conseguir o papel principal nas peças de teatro amador, a personagem principal de “Estrelando Maja” tem talento e não se deixa abater facilmente pelas primeiras dificuldades. A vida da garota ameaça mudar quando conhece uma cinegrafista cuja única experiência por trás das câmeras, na verdade, são filmagens de casamentos. Erika, a aspirante a cineasta, se comove com o carisma de Maja e decide fazer um documentário em forma de “reality show” sobre a vida da aspirante a estrela. Durante as filmagens, ela até consegue um papel para Maja num programa de TV de Estocolmo, mas não tem jeito: como diz a própria garota, “todos os papeis que me dão são de personagens gordas, feias e solitárias”.
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