MISS CIRURGIA PLASTICA HUNGRIA
Não faltava mais nada, eis a noticia publicada no dia 22 de outubro no site Jornal da Noticia
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Gente/Interior.aspx?content_id=1386815#
O triunfo da beleza postiça
2009-10-11
CATARINA FERREIRA
Concurso de Miss Cirurgia Plástica Hungria.
A hospedeira húngara de 22 anos fez este ano uma operação de aumento do peito na Hungria. A intervenção valeu-lhe a distinção da maior beleza falsa no seu país.
Budapeste recebeu, anteontem, o concurso de Miss Cirurgia Plástica Hungria, o que dizem ser uma antecâmara para um concurso internacional. As regras eram simples: ser húngara, ter mais de 18 anos e uma operação plástica feita no país (quem a tivesse feito no estrangeiro não podia participar). As aplicações de botox ou tratamentos abrasivos na pele não eram suficientes, a mudança tinha de ser efectiva.
Depois de várias semifinais, o júri elegeu a jovem Réka Urbán. A hospedeira cumpre este ano 23 anos e pôs implantes mamários há uns meses. A intervenção valeu-lhe o título de Miss Cirurgia Plástica Hungria, porque alegadamente "conjuga a beleza, a naturalidade e o bom gosto", contrariando a ideia de que o postiço tem de ser de mau gosto e exagerado. O prémio foi um apartamento no centro de Budapeste.
A cada modelo estava associado um cirurgião, a manobra de marketing terá sido igualmente proveitosa, ou até mesmo superior, para a doutora Mária Czeglédi, responsável pelas novas medidas 87-63-87 de Reka. Diâmetros distribuídos por 1,75 metros e com o peso de 47 quilos, segundo dados da organização.
Em segundo e terceiro lugar ficaram Edina Kulcsar e Alexandra Horvath, com uma operação ao nariz e um facelift feitos em 2008 e 2009, respectivamente.
Segundo a organização do concurso, o evento serviu para desmistificar a cirurgia plástica num país onde é vista com "maus olhos". A prova serviu também como vingança das aspirantes a misses impedidas de entrar nos concursos por terem sido operadas.
A polémica começou em 2004 quando a chinesa Yang Yuan foi expulsa do concurso de Miss Intercontinental por ter gasto aproximadamente 14 mil euros em cirurgias plásticas.
O júri alegou que ela não era "uma beleza natural, mas uma beleza construída pelo homem" e expulsou-a.
Os chineses, descontentes com o facto, promoveram o primeiro concurso internacional Miss Cirurgia Plástica, em 2004, mas não teve grande expressão.
Mais expressão teve o concurso que fazem todos os anos de Miss Feia, cujo prémio é uma intervenção no valor de 17 mil euros, aproximadamente, em que reconstroem a cara de quem ganha a prova. Quem sabe poderá ir de concurso em concurso e ganhar o Miss Cirurgia Plástica quando se volte a realizar.
Na Hungria como na China, os concursos de beleza são fenómenos recentes, porque eram considerados pelos regimes comunistas iniciativas de burgueses e práticas capitalistas decadentes.
Mas os tempos são outros. Actulamente, a Hungria é considerada como um dos destinos mais recomendados para o turismo hospitalar, dado as cirurgias serem muito mais baratas do que noutros países europeus. A China é das nações que mais dinheiro gasta em intervenções estéticas, aproximadamente 2, 4 mil milhões de euros por ano.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Gente/Interior.aspx?content_id=1386815#
O triunfo da beleza postiça
2009-10-11
CATARINA FERREIRA
Concurso de Miss Cirurgia Plástica Hungria.
A hospedeira húngara de 22 anos fez este ano uma operação de aumento do peito na Hungria. A intervenção valeu-lhe a distinção da maior beleza falsa no seu país.
Budapeste recebeu, anteontem, o concurso de Miss Cirurgia Plástica Hungria, o que dizem ser uma antecâmara para um concurso internacional. As regras eram simples: ser húngara, ter mais de 18 anos e uma operação plástica feita no país (quem a tivesse feito no estrangeiro não podia participar). As aplicações de botox ou tratamentos abrasivos na pele não eram suficientes, a mudança tinha de ser efectiva.
Depois de várias semifinais, o júri elegeu a jovem Réka Urbán. A hospedeira cumpre este ano 23 anos e pôs implantes mamários há uns meses. A intervenção valeu-lhe o título de Miss Cirurgia Plástica Hungria, porque alegadamente "conjuga a beleza, a naturalidade e o bom gosto", contrariando a ideia de que o postiço tem de ser de mau gosto e exagerado. O prémio foi um apartamento no centro de Budapeste.
A cada modelo estava associado um cirurgião, a manobra de marketing terá sido igualmente proveitosa, ou até mesmo superior, para a doutora Mária Czeglédi, responsável pelas novas medidas 87-63-87 de Reka. Diâmetros distribuídos por 1,75 metros e com o peso de 47 quilos, segundo dados da organização.
Em segundo e terceiro lugar ficaram Edina Kulcsar e Alexandra Horvath, com uma operação ao nariz e um facelift feitos em 2008 e 2009, respectivamente.
Segundo a organização do concurso, o evento serviu para desmistificar a cirurgia plástica num país onde é vista com "maus olhos". A prova serviu também como vingança das aspirantes a misses impedidas de entrar nos concursos por terem sido operadas.
A polémica começou em 2004 quando a chinesa Yang Yuan foi expulsa do concurso de Miss Intercontinental por ter gasto aproximadamente 14 mil euros em cirurgias plásticas.
O júri alegou que ela não era "uma beleza natural, mas uma beleza construída pelo homem" e expulsou-a.
Os chineses, descontentes com o facto, promoveram o primeiro concurso internacional Miss Cirurgia Plástica, em 2004, mas não teve grande expressão.
Mais expressão teve o concurso que fazem todos os anos de Miss Feia, cujo prémio é uma intervenção no valor de 17 mil euros, aproximadamente, em que reconstroem a cara de quem ganha a prova. Quem sabe poderá ir de concurso em concurso e ganhar o Miss Cirurgia Plástica quando se volte a realizar.
Na Hungria como na China, os concursos de beleza são fenómenos recentes, porque eram considerados pelos regimes comunistas iniciativas de burgueses e práticas capitalistas decadentes.
Mas os tempos são outros. Actulamente, a Hungria é considerada como um dos destinos mais recomendados para o turismo hospitalar, dado as cirurgias serem muito mais baratas do que noutros países europeus. A China é das nações que mais dinheiro gasta em intervenções estéticas, aproximadamente 2, 4 mil milhões de euros por ano.
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