Continuando nosso clipping de noticias corporais, ai vai um material do site Diario de Pernambuco, sobre mais uma das nouroses da conteporaneidade. Corpo musculoso, sarado... Mas será saudável?
Quando malhar demais vira um problema
SAÚDE // Pessoas que querem o corpo cada vez mais musculoso podem estar sofrendo de vigorexia, transtorno que pode exigir apoio psiquiátrico Silvia Pachecobrasil.pe@diariosassociados.com.br
Brasília -
SAÚDE // Pessoas que querem o corpo cada vez mais musculoso podem estar sofrendo de vigorexia, transtorno que pode exigir apoio psiquiátrico Silvia Pachecobrasil.pe@diariosassociados.com.br
Brasília -
O esporte sempre fez parte da vida do funcionário público Felipe Hermes de Lima, 31 anos. Começou criança a jogar futebol e a praticar natação. Aos 19 anos, contudo, começou a insatisfação com o corpo. "Implicava com o espelho: meu corpo não estava como queria.
O professor Gilson ficou obcecado por corridas: "Se deixasse de treinar um dia, ficava agressivo e ansioso". Foto: Adauto Cruz/CB/D.A Press" Felipe queria ficar forte, impressionar amigos e conquistar garotas. Como todo jovem, resolveu entrar na academia e conseguiu definir os músculos. Porém, o que deveria melhorar sua saúde e autoestima se transformou em problema. O jovem ficou obcecado por ficar mais forte. "Quando olhava no espelho, me via fraco, magro. Malhava todo dia. Quando faltava, ficava ansioso e irritado. Parecia que estava perdendo força", conta. Essa história é bem comum entre pessoas que frequentam academias e o meio desportivo. Porém, o que poucos desconfiam é que toda essa dependência de exercícios, conhecida como vigorexia - ou excesso de atividade física (overtraining, em inglês) -, está ligada a um conjuntode sintomas que podem estar relacionados com doenças psiquiátricas. O problema é mais comum na adolescência, fase onde a insatisfação parece ser crônica. O transtorno é uma espécie de oposto da anorexia - quando as pessoas atingidas se olham no espelho e, por mais magras que possam estar, sentem-se sempre gordas. Segundo Antonio Leandro Nascimento, consultor da Associação Brasileira de Psiquiatria, os padrões de beleza implantados na sociedade, pelas quais homens e mulheres devem ter corpos perfeitos, e a busca pelo resultado rápido podem ser as causas principais da vigorexia. "Há insatisfação pessoal com o corpo que leva as pessoas a fazerem exercícios demais na busca pela perfeição, que nunca chega, mas isso não é comprovado cientificamente". Os sintomas de um vigoréxico podem ser confundidos com excesso de vaidade. "O mais comum é a pessoa e a família não se dar conta de que determinadas atitudes indicam uma doença", alerta. Gastar muito tempo com exercícios, querer resultados rápidos, olhar-se no espelho frequentemente, comparar-se a outros colegas e ficar deprimido por isso são pistas de que há necessidade de orientação psicológica, às vezes somada à administração de remédios. "A vigorexia pode ser uma modalidade do transtorno obsessivo-compulsivo ou da personalidade obsessiva-compulsiva", assinala Rafael Boechat, psiquiatra e pesquisador em neurociência e comportamento da Universidade de Brasília (UnB). A vigorexia acaba derivando em um quadro obsessivo-compulsivo. Essas pessoas se sentem fracassadas, abandonam suas atividades e se isolam em academias. Isso pode acarretar outros problemas psíquicos, como a depressão. Boechat ressalta que a vigorexia não é classificada como doença pelos psiquiatras, mas como quadro clínico ou conjunto de sintomas, relacionados com um transtorno base. "É preciso notar se há um comportamento doentio, senão tudo vira doença psiquiátrica". Segundo o especialista em treinamento desportivo e membro do Centro de Estudo de Medicina da Atividade Física da Universidade Federal deSão Paulo (Unifesp), Leandro Carvalho, o organismo pode sofrer lesões musculares, de tendões e até fraturas. "O aumento da massa muscular depende do princípio biológico individual e que quando a pessoa atinge esse limite não há como crescer mais, então acontecem as lesões", diz. Os vigoréxicos também têm preocupação exagerada com a alimentação, sempre evitando gorduras e ingerindo proteínas excessivamente. A falta de outros nutrientes deixa a pessoa com baixa imunidade e constantemente é acometida por doenças infecciosas.Sintomas:- Exagero na intensidade e número de horas dos exercícios, deixar a vida social para fazer atividades físicas, não respeitar os limites do corpo, querer resultados rápidos como se fosse uma obsessão, comparar-se a outros colegas e ficar deprimido por isso e mostrar-se ansioso e agressivo quando não faz exercícios físicosConsequências: - Dores musculares, rompimento da muscultarura, tendinites, irritabilidade, menor desempenho sexual, insônia, depressão, prejuízo na vida social, queda significativa de resistência imunológica, cansaço constante e dificuldade de concentração Tratamento:- Combinação de medicação e psicoterapia - fundamental, deve ser, preferencialmente, comportamental e cognitiva. O objetivo é modificar a conduta da pessoa, recuperando sua autoestima e superando o medo do fracasso social
O professor Gilson ficou obcecado por corridas: "Se deixasse de treinar um dia, ficava agressivo e ansioso". Foto: Adauto Cruz/CB/D.A Press" Felipe queria ficar forte, impressionar amigos e conquistar garotas. Como todo jovem, resolveu entrar na academia e conseguiu definir os músculos. Porém, o que deveria melhorar sua saúde e autoestima se transformou em problema. O jovem ficou obcecado por ficar mais forte. "Quando olhava no espelho, me via fraco, magro. Malhava todo dia. Quando faltava, ficava ansioso e irritado. Parecia que estava perdendo força", conta. Essa história é bem comum entre pessoas que frequentam academias e o meio desportivo. Porém, o que poucos desconfiam é que toda essa dependência de exercícios, conhecida como vigorexia - ou excesso de atividade física (overtraining, em inglês) -, está ligada a um conjuntode sintomas que podem estar relacionados com doenças psiquiátricas. O problema é mais comum na adolescência, fase onde a insatisfação parece ser crônica. O transtorno é uma espécie de oposto da anorexia - quando as pessoas atingidas se olham no espelho e, por mais magras que possam estar, sentem-se sempre gordas. Segundo Antonio Leandro Nascimento, consultor da Associação Brasileira de Psiquiatria, os padrões de beleza implantados na sociedade, pelas quais homens e mulheres devem ter corpos perfeitos, e a busca pelo resultado rápido podem ser as causas principais da vigorexia. "Há insatisfação pessoal com o corpo que leva as pessoas a fazerem exercícios demais na busca pela perfeição, que nunca chega, mas isso não é comprovado cientificamente". Os sintomas de um vigoréxico podem ser confundidos com excesso de vaidade. "O mais comum é a pessoa e a família não se dar conta de que determinadas atitudes indicam uma doença", alerta. Gastar muito tempo com exercícios, querer resultados rápidos, olhar-se no espelho frequentemente, comparar-se a outros colegas e ficar deprimido por isso são pistas de que há necessidade de orientação psicológica, às vezes somada à administração de remédios. "A vigorexia pode ser uma modalidade do transtorno obsessivo-compulsivo ou da personalidade obsessiva-compulsiva", assinala Rafael Boechat, psiquiatra e pesquisador em neurociência e comportamento da Universidade de Brasília (UnB). A vigorexia acaba derivando em um quadro obsessivo-compulsivo. Essas pessoas se sentem fracassadas, abandonam suas atividades e se isolam em academias. Isso pode acarretar outros problemas psíquicos, como a depressão. Boechat ressalta que a vigorexia não é classificada como doença pelos psiquiatras, mas como quadro clínico ou conjunto de sintomas, relacionados com um transtorno base. "É preciso notar se há um comportamento doentio, senão tudo vira doença psiquiátrica". Segundo o especialista em treinamento desportivo e membro do Centro de Estudo de Medicina da Atividade Física da Universidade Federal deSão Paulo (Unifesp), Leandro Carvalho, o organismo pode sofrer lesões musculares, de tendões e até fraturas. "O aumento da massa muscular depende do princípio biológico individual e que quando a pessoa atinge esse limite não há como crescer mais, então acontecem as lesões", diz. Os vigoréxicos também têm preocupação exagerada com a alimentação, sempre evitando gorduras e ingerindo proteínas excessivamente. A falta de outros nutrientes deixa a pessoa com baixa imunidade e constantemente é acometida por doenças infecciosas.Sintomas:- Exagero na intensidade e número de horas dos exercícios, deixar a vida social para fazer atividades físicas, não respeitar os limites do corpo, querer resultados rápidos como se fosse uma obsessão, comparar-se a outros colegas e ficar deprimido por isso e mostrar-se ansioso e agressivo quando não faz exercícios físicosConsequências: - Dores musculares, rompimento da muscultarura, tendinites, irritabilidade, menor desempenho sexual, insônia, depressão, prejuízo na vida social, queda significativa de resistência imunológica, cansaço constante e dificuldade de concentração Tratamento:- Combinação de medicação e psicoterapia - fundamental, deve ser, preferencialmente, comportamental e cognitiva. O objetivo é modificar a conduta da pessoa, recuperando sua autoestima e superando o medo do fracasso social
Aqui fica o alerta.
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