É IMPORTANTE SABER MAIS SOBRE VIGOREXIA OU ANOREXIA REVERSA
COPIO AQUI UMA NOTICIA ENCONTRADA NO JORNAL A HORA ON LINE COM A PROFA. EDNA VIETTA - ESPECIALISTA NO ASSUNTO
O QUE SE PENSAVA QUE MUITOS SE PREOCUPAM EM DIVULGAR O ASSUNTO. COMENTEM!!!
Por Profa. Dra. Edna Paciência Vietta
É bastante conhecido o fato de que Transtornos Mentais e sintomas de natureza emocional evoluem e se modificam ao longo dos tempos tomando características diferentes nas diversas culturas, mostrando-se sensíveis às transformações sócio-culturais. Enquanto na época de Freud predominava a Histeria, cuja manifestação ocorria sob a influência da sociedade repressiva do final do século XIX, onde a ordem geral era a implacável e feroz repressão da sexualidade, conduzida por uma moralidade hipócrita e artificial, implacável e feroz, hoje são comuns as compulsões ou Transtornos Alimentares (Anorexia, Bulimia), os Transtornos de Ansiedade, as Fobias, o Pânico, o Transtorno Bipolar, o Transtorno Obsessivo Compulsivo, sob a influência das sociedades modernas. A escravização que as pessoas das sociedades civilizadas se submetem aos padrões de beleza tem sido um dos fatores sócio-culturais associados ao incremento da incidência dos Transtornos Dismórficos, sejam Corporais (associados à Anorexia e Bulimia) ou Musculares (Vigorexia). A Anorexia, doença que se caracteriza pela recusa à alimentação por medo de engordar, e a Bulimia, na qual a pessoa provoca o próprio vômito. Atingem principalmente as mulheres: 90% dos pacientes são meninas entre 12 e 18 anos. A tentativa de controle do corpo da mulher, que antes se dava através da repressão a traços tidos como naturais, a obrigação de ser meiga, doce, delicada, hoje aparece na imposição estética de beleza e magreza. Controlar o corpo da mulher é também moldar seu comportamento. Um dos efeitos mais perverso disto tudo é o rebaixamento do nível de auto-estima e a desvalorização da singularidade, individualidade e identidade da mulher. A Vigorexia, comportamento que atinge homens e mulheres surge no contexto de uma sociedade consumista, competitiva, na qual o culto à imagem acaba adquirindo, praticamente, a categoria de religião (na conotação fanatismo), é talvez, uma das mais recentes patologias emocionais, ainda não catalogada como doença específica pelos manuais de classificação (CID 10 e DSM. IV). Os vigoréxicos são praticantes inveterados de esportes e ginásticas que se dedicam ao desempenho corporal, sem levar em conta as condições físicas, chegando mesmo a sentirem-se culpados, quando não podem exercitar de forma ritualística ou compulsivamente tais atividades.Este distúrbio, comum em homens, às vezes, confundido com simples excesso de vaidade, advém do controle exagerado do crescimento da massa muscular provocada por exercícios constantes e contínuos ou por utilização, muitas vezes inconseqüentes de esteróides anabolizantes, ainda, por obsessão pelo visual fisiculturista, e por uma espécie de narcisismo, mania de admirar-se diante do espelho, esforço para alcançar a perfeição física, dentro de um padrão do tipo Silvester Stallone.Tanto na Anorexia quanto na Vigorexia as pessoas buscam a imagem perfeita, segundo padrões ditados pela televisão, cinema, revistas, passarelas de moda e pela ambição ou ilusão de galgar prestígio, fama, aceitação, reconhecimento, etc.Em 1993, o psiquiatra americano Harrison Pope, professor da Faculdade de Medicina de Harvard, Massachusetts denominou a doença como Anorexia Reversa ou Síndrome de Adônis (personalidade mitológico de grande beleza). Segundo Pope, o Transtorno tem certos aspectos comuns com a Anorexia: auto-imagem distorcida, fatores sócio-culturais, automedicação e idade de aparição (entre 18 e 35 anos). Ambas promovem a distorção da imagem que os seus portadores têm sobre si mesmos. A diferença é que enquanto os anoréxicos nunca se acham suficientemente magros, os Vigoréxicos nunca se acham suficientemente fortes e musculosos. Ter um corpo é ter uma identidade. Alterá-lo para agradar aos outros, sobretudo, para atender a expectativas criadas pela própria indústria da estética, é uma forma de ser menos dono de si mesmo. A melhor solução é a prevenção, orientação e detecção precoce.
Profa. Dra. Edna Paciência Vietta - Profa. Dra. Edna Paciência Vietta
É bastante conhecido o fato de que Transtornos Mentais e sintomas de natureza emocional evoluem e se modificam ao longo dos tempos tomando características diferentes nas diversas culturas, mostrando-se sensíveis às transformações sócio-culturais. Enquanto na época de Freud predominava a Histeria, cuja manifestação ocorria sob a influência da sociedade repressiva do final do século XIX, onde a ordem geral era a implacável e feroz repressão da sexualidade, conduzida por uma moralidade hipócrita e artificial, implacável e feroz, hoje são comuns as compulsões ou Transtornos Alimentares (Anorexia, Bulimia), os Transtornos de Ansiedade, as Fobias, o Pânico, o Transtorno Bipolar, o Transtorno Obsessivo Compulsivo, sob a influência das sociedades modernas. A escravização que as pessoas das sociedades civilizadas se submetem aos padrões de beleza tem sido um dos fatores sócio-culturais associados ao incremento da incidência dos Transtornos Dismórficos, sejam Corporais (associados à Anorexia e Bulimia) ou Musculares (Vigorexia). A Anorexia, doença que se caracteriza pela recusa à alimentação por medo de engordar, e a Bulimia, na qual a pessoa provoca o próprio vômito. Atingem principalmente as mulheres: 90% dos pacientes são meninas entre 12 e 18 anos. A tentativa de controle do corpo da mulher, que antes se dava através da repressão a traços tidos como naturais, a obrigação de ser meiga, doce, delicada, hoje aparece na imposição estética de beleza e magreza. Controlar o corpo da mulher é também moldar seu comportamento. Um dos efeitos mais perverso disto tudo é o rebaixamento do nível de auto-estima e a desvalorização da singularidade, individualidade e identidade da mulher. A Vigorexia, comportamento que atinge homens e mulheres surge no contexto de uma sociedade consumista, competitiva, na qual o culto à imagem acaba adquirindo, praticamente, a categoria de religião (na conotação fanatismo), é talvez, uma das mais recentes patologias emocionais, ainda não catalogada como doença específica pelos manuais de classificação (CID 10 e DSM. IV). Os vigoréxicos são praticantes inveterados de esportes e ginásticas que se dedicam ao desempenho corporal, sem levar em conta as condições físicas, chegando mesmo a sentirem-se culpados, quando não podem exercitar de forma ritualística ou compulsivamente tais atividades.Este distúrbio, comum em homens, às vezes, confundido com simples excesso de vaidade, advém do controle exagerado do crescimento da massa muscular provocada por exercícios constantes e contínuos ou por utilização, muitas vezes inconseqüentes de esteróides anabolizantes, ainda, por obsessão pelo visual fisiculturista, e por uma espécie de narcisismo, mania de admirar-se diante do espelho, esforço para alcançar a perfeição física, dentro de um padrão do tipo Silvester Stallone.Tanto na Anorexia quanto na Vigorexia as pessoas buscam a imagem perfeita, segundo padrões ditados pela televisão, cinema, revistas, passarelas de moda e pela ambição ou ilusão de galgar prestígio, fama, aceitação, reconhecimento, etc.Em 1993, o psiquiatra americano Harrison Pope, professor da Faculdade de Medicina de Harvard, Massachusetts denominou a doença como Anorexia Reversa ou Síndrome de Adônis (personalidade mitológico de grande beleza). Segundo Pope, o Transtorno tem certos aspectos comuns com a Anorexia: auto-imagem distorcida, fatores sócio-culturais, automedicação e idade de aparição (entre 18 e 35 anos). Ambas promovem a distorção da imagem que os seus portadores têm sobre si mesmos. A diferença é que enquanto os anoréxicos nunca se acham suficientemente magros, os Vigoréxicos nunca se acham suficientemente fortes e musculosos. Ter um corpo é ter uma identidade. Alterá-lo para agradar aos outros, sobretudo, para atender a expectativas criadas pela própria indústria da estética, é uma forma de ser menos dono de si mesmo. A melhor solução é a prevenção, orientação e detecção precoce.
Profa. Dra. Edna Paciência Vietta - Profa. Dra. Edna Paciência Vietta
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