A FALACIA DO CORPO IDEAL
Vale a pena ler e comentar, encontrei este texto na internet. Jornal de debates ai vai a fonte http://www.jornaldedebates.ig.com.br/debate/qual-limite-na-busca-beleza/artigo/falacia-corpo-ideal
A falácia do corpo ideal
Enviado por maria.marinho em 17. maio 2007 - 21:00
Resposta ao debate: Qual o limite na busca da beleza?
As sociedades ocidentais contemporâneas vivem sob o ideal da magreza e da boa forma física. Esse padrão de beleza parece se impor mais especificamente nas mulheres, nas quais a aparência física representa uma importante medida de valor pessoal. A pressão para emagrecer, juntamente com expectativas de um bom desempenho, caracteriza o meio social ideal para o desencadeamento rápido de transtornos alimentares em adolescentes vulneráveis ou determinados grupos ocupacionais como: modelos, atrizes, bailarinos, atletas, ginastas, jóqueis, nadadores etc. Com isso, proliferaram novas e miraculosas dietas para emagrecimento. Nas academias, são notáveis as inúmeras opções para emagrecimento e um alto investimento tecnológico para técnicas de exercício físico. Para os que têm limitação de tempo, mas não financeiras, a indústria estética oferece aulas de ginástica em vídeo e aparelhos que reproduzem a academia no ambiente doméstico. São notáveis também os avanços de produtos e técnicas cirúrgicas que auxiliam na busca do corpo perfeito. Existem idéias errôneas em busca do corpo ideal. As pessoas acreditam que o corpo é infinitamente maleável e que esse ideal estético pode ser atingido por qualquer indivíduo que siga as prescrições culturais de exercícios e dietas adequados. Outra crença é que a boa forma física depende apenas do esforço pessoal, não levando em consideração a particularidade do corpo de cada um e as limitações impostas pela biologia e genética, crença corroborada pela mídia e propagandas de produtos estéticos. Além disso, a imagem do corpo ideal é acompanhada de conotações simbólicas de sucesso, autocontrole e autodisciplina. O fracasso em se atingir esse ideal de beleza passa a ser compreendido com falta de vontade, baixa auto-estima e personalidade fraca. Por outro lado, os que atingirem esse padrão de forma corporal alcançarão tudo o que buscam, desde sucesso na profissão, nos relacionamentos sociais e amorosos. Enfatizando o crescente número de mulheres que manifestam sua inconformidade com o peso e a aparência física e que frequentemente recorrem à dietas, atualmente, são raras as pessoas que não tenham se submetido a algum tipo de dieta alimentar. Lamentavelmente, a maioria das pessoas com excesso de peso e com uma alimentação inadequada não atingiram esse peso almejado que pudessem mudar seu estilo de vida. E não é por falta de querer se submeter a um programa alimentar de baixo teor calórico ou por falta de dieta disponível. O problema, talvez, não esteja na dieta em si, mas numa estrutura ambiental que produz hábitos alimentares inadequados que, frequentemente, são incompatíveis com o que chamamos de qualidade de vida. A aparência do corpo exerce grande influência em nossas vidas, afinal, a forma como nos apresentamos para os outros determina a maneira como nos relacionamos, as oportunidades que temos socialmente, as reações e atitudes dos outros para conosco, bem como nossa vida afetiva e profissional. Porem, não só a forma como os outros nos vêem que tem grande impacto em nossas vidas, é a concepção que nós temos sobre a nossa imagem que exerce maior influência. Além do mais, a forma como os outros nos percebem pode ser também bastante destoante daquilo que experenciamos subjetivamente. A experiência subjetiva que temos sobre o nosso corpo tem um impacto psicossocial muito mais importante do que a realidade social objetiva da aparência. Essa concepção interna e subjetiva sobre o corpo é chamada de imagem corporal, uma experiência psicológica multifacetada, que na realidade, não se refere exclusivamente à aparência do corpo, tampouco, pode ser considerada produto exclusivo da atividade intrapsíquica. A autopercepção corporal, as atitudes, as crenças, as práticas, as representações sociais, os sentimentos, as sensações e os comportamentos relativos ao corpo são apenas algumas facetas que estão relacionadas ao fenômeno da imagem corporal. Hoje, há um consenso, no que se refere à definição do conceito de imagem corporal, que seria a experiência subjetiva que o sujeito tem sobre sua condição corpórea. Porém, é o significado dessa experiência subjetiva que provoca debates entre diferentes correntes teóricas. Por exemplo: quais são os aspectos que constituem essa experiência subjetiva? Refere-se exclusivamente ao tamanho e à forma do corpo? Ela inclui cognições como: emoções, sentimentos? Embora a aparência física seja um fator fundamental da imagem da mulher em diversas épocas e culturas, a extrema magreza nem sempre foi o ideal almejado. Nas décadas de 40 e 50, estrelas de Hollywood com Marylin Monroe eram mulheres de seios robustos e corpos curvilínios, valorizadas por seu sex appeal Em outras épocas, espartilhos eram bastante usados para reduzir a cintura e o abdômen das mulheres. Atualmente, dietas e exercícios físicos parecem ser os meios mais adequados para se modificar o corpo, o que nos mostra a alta prevalência desses comportamentos. Nas ultimas décadas, ser fisicamente perfeito tem se convertido num dos objetivos principais das sociedades desenvolvidas. Um índice de massa corporal baixo é motivo de orgulho feminino, mas cada vez mais, os médicos associam a riscos à saúde como fertilidade reduzida, maior risco de osteoporose, desequilíbrios hormonais e baixa imunológica. O aspecto físico parece ser o único sinônimo válido de êxito e felicidade, esquecendo, contudo, que um corpo magro trás não só beleza ao corpo, mas, inclusive, saúde e qualidade de vida. O impacto desse padrão de beleza no comportamento revela-se no desejo generalizado, especialmente entre as mulheres, por um corpo mais magro. A discrepância entre um corpo ideal e o real leva a um estado de constante insatisfação com o próprio corpo e as dietas para perder peso tornam-se freqüentes. Na busca de um corpo ideal, os indivíduos incorporam as imagens-norma dessa nova estética e se condenam a uma aparência que lhes escapa irremediavelmente De fato, estudos longitudinais revelam que dietas contínuas para emagrecer são com freqüência um dos percussores do desenvolvimento dos transtornos alimentares.
AFINAL, TEMOS UM LIMITE? PENSEM... REPASSEM A MENSAGEM... COMENTEM!!!!!!!!!!!!
A falácia do corpo ideal
Enviado por maria.marinho em 17. maio 2007 - 21:00
Resposta ao debate: Qual o limite na busca da beleza?
As sociedades ocidentais contemporâneas vivem sob o ideal da magreza e da boa forma física. Esse padrão de beleza parece se impor mais especificamente nas mulheres, nas quais a aparência física representa uma importante medida de valor pessoal. A pressão para emagrecer, juntamente com expectativas de um bom desempenho, caracteriza o meio social ideal para o desencadeamento rápido de transtornos alimentares em adolescentes vulneráveis ou determinados grupos ocupacionais como: modelos, atrizes, bailarinos, atletas, ginastas, jóqueis, nadadores etc. Com isso, proliferaram novas e miraculosas dietas para emagrecimento. Nas academias, são notáveis as inúmeras opções para emagrecimento e um alto investimento tecnológico para técnicas de exercício físico. Para os que têm limitação de tempo, mas não financeiras, a indústria estética oferece aulas de ginástica em vídeo e aparelhos que reproduzem a academia no ambiente doméstico. São notáveis também os avanços de produtos e técnicas cirúrgicas que auxiliam na busca do corpo perfeito. Existem idéias errôneas em busca do corpo ideal. As pessoas acreditam que o corpo é infinitamente maleável e que esse ideal estético pode ser atingido por qualquer indivíduo que siga as prescrições culturais de exercícios e dietas adequados. Outra crença é que a boa forma física depende apenas do esforço pessoal, não levando em consideração a particularidade do corpo de cada um e as limitações impostas pela biologia e genética, crença corroborada pela mídia e propagandas de produtos estéticos. Além disso, a imagem do corpo ideal é acompanhada de conotações simbólicas de sucesso, autocontrole e autodisciplina. O fracasso em se atingir esse ideal de beleza passa a ser compreendido com falta de vontade, baixa auto-estima e personalidade fraca. Por outro lado, os que atingirem esse padrão de forma corporal alcançarão tudo o que buscam, desde sucesso na profissão, nos relacionamentos sociais e amorosos. Enfatizando o crescente número de mulheres que manifestam sua inconformidade com o peso e a aparência física e que frequentemente recorrem à dietas, atualmente, são raras as pessoas que não tenham se submetido a algum tipo de dieta alimentar. Lamentavelmente, a maioria das pessoas com excesso de peso e com uma alimentação inadequada não atingiram esse peso almejado que pudessem mudar seu estilo de vida. E não é por falta de querer se submeter a um programa alimentar de baixo teor calórico ou por falta de dieta disponível. O problema, talvez, não esteja na dieta em si, mas numa estrutura ambiental que produz hábitos alimentares inadequados que, frequentemente, são incompatíveis com o que chamamos de qualidade de vida. A aparência do corpo exerce grande influência em nossas vidas, afinal, a forma como nos apresentamos para os outros determina a maneira como nos relacionamos, as oportunidades que temos socialmente, as reações e atitudes dos outros para conosco, bem como nossa vida afetiva e profissional. Porem, não só a forma como os outros nos vêem que tem grande impacto em nossas vidas, é a concepção que nós temos sobre a nossa imagem que exerce maior influência. Além do mais, a forma como os outros nos percebem pode ser também bastante destoante daquilo que experenciamos subjetivamente. A experiência subjetiva que temos sobre o nosso corpo tem um impacto psicossocial muito mais importante do que a realidade social objetiva da aparência. Essa concepção interna e subjetiva sobre o corpo é chamada de imagem corporal, uma experiência psicológica multifacetada, que na realidade, não se refere exclusivamente à aparência do corpo, tampouco, pode ser considerada produto exclusivo da atividade intrapsíquica. A autopercepção corporal, as atitudes, as crenças, as práticas, as representações sociais, os sentimentos, as sensações e os comportamentos relativos ao corpo são apenas algumas facetas que estão relacionadas ao fenômeno da imagem corporal. Hoje, há um consenso, no que se refere à definição do conceito de imagem corporal, que seria a experiência subjetiva que o sujeito tem sobre sua condição corpórea. Porém, é o significado dessa experiência subjetiva que provoca debates entre diferentes correntes teóricas. Por exemplo: quais são os aspectos que constituem essa experiência subjetiva? Refere-se exclusivamente ao tamanho e à forma do corpo? Ela inclui cognições como: emoções, sentimentos? Embora a aparência física seja um fator fundamental da imagem da mulher em diversas épocas e culturas, a extrema magreza nem sempre foi o ideal almejado. Nas décadas de 40 e 50, estrelas de Hollywood com Marylin Monroe eram mulheres de seios robustos e corpos curvilínios, valorizadas por seu sex appeal Em outras épocas, espartilhos eram bastante usados para reduzir a cintura e o abdômen das mulheres. Atualmente, dietas e exercícios físicos parecem ser os meios mais adequados para se modificar o corpo, o que nos mostra a alta prevalência desses comportamentos. Nas ultimas décadas, ser fisicamente perfeito tem se convertido num dos objetivos principais das sociedades desenvolvidas. Um índice de massa corporal baixo é motivo de orgulho feminino, mas cada vez mais, os médicos associam a riscos à saúde como fertilidade reduzida, maior risco de osteoporose, desequilíbrios hormonais e baixa imunológica. O aspecto físico parece ser o único sinônimo válido de êxito e felicidade, esquecendo, contudo, que um corpo magro trás não só beleza ao corpo, mas, inclusive, saúde e qualidade de vida. O impacto desse padrão de beleza no comportamento revela-se no desejo generalizado, especialmente entre as mulheres, por um corpo mais magro. A discrepância entre um corpo ideal e o real leva a um estado de constante insatisfação com o próprio corpo e as dietas para perder peso tornam-se freqüentes. Na busca de um corpo ideal, os indivíduos incorporam as imagens-norma dessa nova estética e se condenam a uma aparência que lhes escapa irremediavelmente De fato, estudos longitudinais revelam que dietas contínuas para emagrecer são com freqüência um dos percussores do desenvolvimento dos transtornos alimentares.
AFINAL, TEMOS UM LIMITE? PENSEM... REPASSEM A MENSAGEM... COMENTEM!!!!!!!!!!!!
Comentários
Postar um comentário