Os formatos do corpo feminino: tipo e peso não definem beleza


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O corpo, desde os primórdios, sempre foi um referencial para a análise da beleza, principalmente a feminina. Tanto que, no passado, o significado de saúde e beleza da mulher era o corpo da boa mãe. “Acreditava-se que a feminilidade estaria refletida em características corporais propícias à maternidade: seios volumosos, corpo arredondado, ancas desenvolvidas.” diz Minato e Traesel em seu estudo para a UNIFRA: Corpo e contemporaneidade: paradigmas estéticos e envelhecimento na atualidade.
Alguns detalhes que definem o corpo perfeito mudam de acordo com a evolução do tempo e também de cultura para cultura, mas os padrões estipulados em qualquer época muitas vezes são cruéis e estranhamente aceitos pela sociedade.
“Nosso tormento não é o fogo do inferno, mas a balança e o espelho. “Libertar-se”, contrariamente ao que queriam as feministas, tornou-se sinônimo de lutar, centímetro por centímetro, contra a decrepitude fatal. Decrepitude, agora, culpada, pois o prestígio exagerado da juventude tornou a velhice vergonhosa.” (DELPRIORE, 2000 p.10)
A busca pelo corpo perfeito já conduziu milhares de mulheres, tanto as jovens quanto as maduras, a cometerem loucuras em dietas, cirurgias plásticas e procedimentos que levaram muitas a morte ou a conviverem com sequelas – fantasmas – eternas da busca obsessiva por um padrão que daqui a 20 anos pode vir a mudar. No início do ano, uma pesquisa realizada pelo SENAI com mais de sete mil homens e mulheres de 18 a 65 anos em vários cantos do país identificou que, no Brasil, existem mais de 27 tipos diferentes de variação no formato do corpo das mulheres. O objetivo principal desta pesquisa foi tentar acabar com o sofrimento na hora de comprar roupa, já que o ato da compra tem sido sinônimo de constrangimento para muitos.
No estudo da consultoria de imagem aprende-se que a mulher possui cinco formatos de corpo diferentes. Os mesmos são apenas referenciais, um recurso utilizado, para ajudar as mulheres a se reconhecerem como são e a entenderem o que lhes faz, lhes cai bem.
Os formatos são:
Ampulheta: possui bustos e quadril fartos, com medidas bem parecidas, a diferença entre os mesmos é de, no máximo, 4 cm. Além disso, a cintura é bem fina;
Oval: com o busto menor ou igual à cintura, possui um quadril no mínimo 10 cm menor do que a cintura;
Triangulo invertido: o busto é cerca de 10 cm maior do que a cintura, enquanto o quadril é igual ou menor que a cintura;
Retangular: a cintura é de 1 a 10 cm menor do que o quadril e o busto de 1 a 5 cm maior do que a cintura;
Pêra: possui cintura menor que o quadril e o busto é, no mínimo, 8 cm menor que a cintura;
Esses tipos de corpo podem mudar ao longo da vida e a identificação dos mesmos pode ser interessante na orientação sobre o que vestir e como vestir, observando sempre que manter o equilíbrio e as proporções através do uso de roupas que valorizem cada tipo de corpo é um recurso para se sentir bem diante do espelho, sem mudar a essência de quem se é. É importante ressaltar que estes formatos possuem diversas variações e também existem independente das numerações, ou seja, é um engano acreditar que uma mulher que veste 56 não pode ter o corpo ampulheta ou que uma mulher que veste 36 não pode ter o corpo oval. Esse engano pode ser um dos fatores que fazem com que as confecções de roupas fabriquem modelagens com numerações que atendem apenas a uma minoria de pessoas.
Conhecer o formato do seu próprio corpo, compreender o limite entre se sentir bela e seguir um padrão, aceitar que não há nada mais importante que a saúde física e emocional são maneiras de pensar que podem balizar a felicidade de alguém independentemente do seu peso. Que fique claro, ser tamanho pp, m ou xgg não define os encantos e a beleza que cada mulher tem.
Revisado por: Nathália Rinaldi
fonte: http://fashionatto.literatortura.com/2013/09/10/formatos-corpo-feminino-peso-nao-definem-beleza/.

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